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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Um sinal das prioridades para se sair do túnel…

O Ministério Público deduziu acusação sobre 5 jogadores do FC Porto, por crimes de ofensa à integridade física, devido aos incidentes protagonizados no Benfica-FC Porto disputado a 20 de Dezembro de 2009. A notícia sobre o processo foi dada a 3 de Janeiro de 2010.
Pelo menos um dos stewards agredidos apresentou queixa na Polícia, num processo que tem agora o desenlace anunciado. As agressões foram dadas por provadas pelo Ministério Público.
O jurista Carlos Abreu Amorim defende o FC Porto no caso do túnel da Luz, não entendendo a ação do Ministério Público em pedir pena de prisão para Hulk e Sapunaru. "Trata-se de zelo excessivo, quando em matérias futebolísticas há incidentes com outros clubes”, defende.
Abreu Amorim recorda casos em que o MP poderia ter agido. “Com o ex-seleccionador Scolari [agrediu o sérvio Dragutinovic] à vista de toda a gente, num escândalo público de dimensão mundial, o MP ficou quedo e mudo. Com incidentes da mesma ordem, entre jogadores do Sporting de Braga e do Benfica, não se viu o MP fazer coisa nenhuma. Agora aparece o MP a fazer esta tristíssima figura”, sublinhou.
Longe de qualquer sinal clubista (embora simpatizante) e independentemente da justeza e competência para assumir a intervenção num caso destes, é ridículo que tal empenho tenha emergido quase 2 anos depois e numa altura em que Portugal, o País, esteja na situação em que está, económica e socialmente falando, por culpa de pessoas com nome e se tenha a coragem de publicitar, desta forma, a escala de prioridades do MP, que retrata bem o conceito de Missão…
E as consequências das atividades dos burlões estarão espelhadas amanhã no OE 2012, sem que os Furacões, Faces Ocultas, Freeport, BPP, BPN, etc., tenham resultado num único culpado e só se preveja, literalmente, a Luz ao fundo do túnel…
Se a notícia fosse de um país africano (sem ofensa para nenhum), ou da América Latina (sem ofensa para nenhum), talvez não lhe déssemos importância, mas num país que se diz “europeu” traduz bem o nível a que chegou a justiça, gerando involuntariamente, queremos acreditar, uma manobra de diversão, ou de distração, que desvia a atenção dos amantes do futebol das agruras da vida e da política de austeridade para um fait divers, que mais do que divertir, faz rir quem leva a vida a sério, por muito triste que seja a figura com que fica o MP no retrato...
Sucatada!

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