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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Um caso de saúde pública, ou um caso de polícia?

Salada de pepino e rebentos de soja
As autoridades de saúde alemãs apontaram hoje os rebentos de soja cultivados no norte da Alemanha como a causa provável do surto da bactéria E.coli que já provocou até agora 22 mortes e centenas de infetados na Europa e o Ministério da Agricultura da Baixa-Saxónia já foi enviou um alerta de segurança para que se pare de comer rebentos de soja, frequentemente utilizados em saladas, apesar de os testes não terem mostrado de forma conclusiva que os rebentos de soja são a verdadeira causa. O porta voz do Ministério da Agricultura da Baixa-Saxónia assegurou que "todas as indicações apontam para que seja esse vegetal" que terá originado a epidemia.
Segundo o responsável, muitos restaurantes onde a maioria das pessoas infetadas comeu antes de ficarem doentes serviam rebentos de soja, contudo, não vai ainda ser levantada de imediato a advertência sobre a ingestão de tomates, pepinos e alface.
A OMS anunciou já tratar-se de uma nova estirpe da bactéria nunca antes detetada.
Até podem pensar que o editor deste blogue tem alguma coisa contra os alemães e até pode ser que sim, mas subconscientemente. Se insisto neste assunto, é simplesmente porque os especialistas de várias áreas nada dizem (excepto o Diretor Geral de Saúde), quando tinham a obrigação de o fazer, por exemplo: imunologistas, psiquiatras, psicólogos, biólogos, nutricionistas, economistas, empresas de marketing… só porque o assunto é complexo, é de saúde pública e comportamental, ultrapassando o foro científico.
Como se explica, que só agora, um país como a Alemanha (sede de tantos laboratórios de renome), chega à conclusão de que são os rebentos de soja cultivados no norte da Alemanha a causa provável do surto da E.coli, apesar de os testes não o terem mostrado de forma conclusiva (insistem), mas que os levou a enviar um alerta para que se pare de comer os tais rebentos de soja.
Paradoxalmente, e mesmo afirmando que todas as indicações apontam para que seja esse vegetal que tenha originado a epidemia, como a coincidência de muitos restaurantes onde a maioria das pessoas infetadas comeu antes de ficarem doentes servirem rebentos de soja nas saladas, não o confirmam cientificamente e sem que se perceba, mantem a advertência sobre a ingestão de tomates, pepinos e alface (vindos da Espanha), que não tem nada a ver com a bactéria. A OMS diz que é uma nova estirpe da bactéria nunca antes detetada.
Perante estes factos, os tais especialistas deviam explicar-nos este comportamento anormal, que se fosse de cariz individual seria considerado criminoso, levaria a processo judicial e seguramente a uma condenação.
Se a E.coli está nos rebentos de soja, por que não se podem comer os pepinos, os tomates e a alface? Que dizem os biólogos, nutricionistas e economistas? Porque parece que o assunto transborda da nutrição para a “concorrência” no mercado das hortícolas (apesar de a soja não concorrer com os pepinos) e por isso nos parecer um assunto de economia…
Por outro lado, este não querer reconhecer o erro crasso e passá-lo a terceiros (mesmo sem provas) não é um comportamento doentio? Podiam responder os psiquiatras e psicólogos. Ou será assunto dos técnicos de marketing, apesar dos riscos para a saúde?
E, se a E.coli tem sempre origem em animais (nas fezes), que nos pepinos já nos deixavam desconfiados, se a soja também é um vegetal, como se explica esta epidemia, mesmo com a “explicação” da OMS? Não deveriam entrar aqui os biólogos e médicos?
Para não me esticar mais, tudo nos leva a desconfiar que este não seja um caso de saúde pública, mas um caso de polícia e tribunal.
E como podemos nós, que estamos dependentes da Alemanha, continuar a ter confiança, seja no que for, em quem tem tal comportamento?

2 comentários:

  1. É a confusão total e daí... derivam...
    Anabela Magalhães

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  2. Anabela
    Confusão é "apelido", é incompetência, com dolo, como cá, nos países do Sul...

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