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quinta-feira, 9 de junho de 2011

E uma RETOMA “tipo ioiô” não será a solução?

Os efeitos da "receita" das troikas
Chega de denegrir as chamadas dietas ioiô: todas valem a pena. Investigadores da Universidade de Ohio analisaram os efeitos da perda e da retoma sucessiva de peso em ratinhos e garantem que os resultados devem ser encorajadores para as pessoas que vivem na luta diária contra o peso.
“O estudo mostra que o simples acto de ganhar e perder peso não parece ser prejudicial para a esperança de vida”, diz o autor do estudo, Edward List. Apesar de considerar que a experiência deveria ser replicada em humanos, List defende que os modelos animais, e neste caso os ratinhos, fornecem resultados robustos para os efeitos da dieta na esperança de vida. Assim, os ratinhos que andaram em dietas ioiô durante quatro semanas viveram 2,04 anos, enquanto os que permaneceram obesos só viveram 1,5 anos e o grupo saudável, de controlo, viveu 2,09 anos.
Estima-se que os doentes com obesidade mórbida vivam menos 10 a 15 anos do que um adulto saudável.
Em Portugal, os últimos dados revelam que 40% da população tem excesso de peso.
Para além da época balnear estar à porta e tentar muita gente para dietas, parece que vamos ter pela frente as tais “medidas de austeridade”, o que provavelmente vai obrigar toda a gente (menos os de carteira mais obesa) a fazer as mesmas dietas, mesmo contra vontade, ou sem necessidade, por já estarem magros, ou a emagrecer…
E eis que nos chega este estudo, que “prova” que os efeitos da perda e da recuperação sucessiva do peso em ratinhos são benéficos e que os resultados deverão ser encorajadores para as pessoas, com efeitos no aumento da esperança de vida em 25%.
Se por um lado a notícia parece boa, para a Segurança Social seria um desastre, porque reduziria a tão apregoada “sustentabilidade” numa utopia, que para todos os efeitos já vai sendo… Se os doentes com obesidade mórbida vivem menos 10 a 15 anos, façam-se as contas…
Mas o novo governo (só por ser maioritário de direita) não deixará de ter em conta, nas contas, este pormenor, já que empobrecendo as famílias e aumentando a pobreza, vai muita gente emagrecer, vivendo mais tempo… Vai ser um dilema, porque em Portugal, os últimos dados revelam que 40% da população tem excesso de peso e 40% da população a viver mais 10 a 15 anos. É só fazer as contas…
Mas, se a coisa funciona com os ratos e até se poderá projetar nos humanos, não será também aplicável à receita da “retoma em curso”, pagando um ano mais e no outro menos e assim sucessivamente? Digo isto, porque os programadores troikianos também prevêem que depois da engorda que tivemos, emagrecendo agora, podemos engordar depois, o que só nos fará bem, aumentando o tempo de vida, mesmo que seja pior…
Provavelmente os “técnicos de direita” já conheciam este estudo e podiam ter-nos informado, porque com base científica os remédios e as terapias, mesmo de choque, são melhor aceites pelos pacientes…
Afinal a troika sabe mais do que nós imaginávamos e mais do que os lambe botas apregoaram…
A ver vamos, mas só depois da experiência (se esquecermos a Grécia e a Irlanda)! Se calhar a tal dieta ioiô mexe com o cérebro e prejudica a memória...

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