(per)Seguidores

sexta-feira, 10 de junho de 2011

TEMPO

Kraken
Da hipócrita imagem consciente
a carícia
que escorrega fácil
de ventre para ventre consentida.
Do ímpeto do boi
a arremetida do escárnio
sobre a face
onde se afogam as palavras com asas
que transportam sonhos.
Da impune força desmedida
o riso
a atravessar a lágrima.
Por tudo isto
e mais
és bem fome de vermes
pedra desnudada
limão azedo
minha terra amarga.
Soledade Martinho Costa
 poema do livro «A Palavra Nua»
Pode visitar o blogue da autora: Sarrabal

2 comentários:

  1. Miguel,
    tão bonito poema!
    e a pintura, linda...ah perfeita aqui!

    p.s. entretanto encontrei um poema de Luís de Camões sobre a Ilha da Madeira (oxalá esteja correcto)
    Obrigada mais uma vez!

    ResponderEliminar
  2. Andy
    Os louros são para a Soledade, que tem o blogue "Sarrabal", que me esqueci de referir e vou acrescentar.
    Quanto à Madeira, já passei lá, no teu blogue e deixei impressão.
    Bfs

    ResponderEliminar