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terça-feira, 7 de junho de 2011

Preguiçosa é a tia Angel(ic)a e os seus sobrinhos…

Os europeus do Sul trabalham muito mais e por vezes durante mais tempo que os alemães, refere um estudo que contraria as recentes declarações da chanceler alemã sobre um eventual laxismo social em Portugal, Espanha ou Grécia.
"Os alemães trabalham muito menos [por ano e durante a vida ativa] do que os europeus do Sul. E também não trabalham de forma tão intensiva", assegura Patrick Artus, chefe da secção de economia do banco francês Natixis e redator deste estudo que se baseia nos números da ODCE e Eurostat.
A duração anual média do trabalho de um alemão (1.390 horas) é assim muito inferior à de um grego (2.119 horas), de um italiano (1.773 horas), de um português (1.719 horas), de um espanhol (1.654 horas) ou de um francês (1.554 horas), referem as estatísticas publicadas em 2010 pela OCDE.
"O resultado da produtividade individual da Alemanha está na média dos países do Sul, a da produtividade horária está acima da média mas não é melhor que a da França ou Grécia", precisa o Natixis.
A idade legal para a reforma na Alemanha (65 anos atualmente, 67 no futuro) é mais tardia, mas os portugueses e espanhóis trabalham na prática mais tempo, com uma idade efetiva de início da reforma de 62,6 anos e 62,3 anos, contra 62,2 anos para os alemães, refere ainda o estudo. Os gregos não estão distantes desta média (61,5 anos) e a reforma das aposentações adoptada na primavera de 2010 na Grécia impôs o aumento da idade dos 60 para os 65 anos, com o objectivo de garantir uma idade média de 63,5 anos até 2015. Apenas franceses e italianos garantem hoje a reforma mais cedo que os alemães, precisa o estudo com data de 30 de Maio.
Quando uma ditosa senhora mandou a célebre “boca” sobre os preguiçosos sulistas, logo os jornais de cá demonstraram que, ou era mentira, ou era mentira. Para azar dessa ditosa senhora (e para alguns opinadores de cá, que trabalham pouco e falam muito) eis que surge um estudo, que contraria as recentes declarações da chanceler alemã Angela Merkel. Foi mesmo azar, mas a imprensa alemã não o deve divulgar e se o fizer, certamente não será lido…
Se se tiver em conta a “duração anual média do trabalho”, consta-se: 1º - Grécia - 2.119 horas; 2º - Itália - 1.773 horas; 3º - Portugal - 1.719 horas; 4º - Espanha - 1.654 horas; 5º - França - 1.554 horas e 6º - Alemanha - 1.390 horas.
Aldra…! São os alemães os que trabalham menos, o que corresponde a menos de 1 hora por dia, em relação aos portugueses…
Se se tiver em conta a “Idade de Reforma”, constata-se: 1º - franceses; 2º - italianos; 3º - gregos - 61,5 anos (em 2010, 63,5 anos) 4º - alemães - 62,2 anos; 5º - espanhóis - 62,3 anos e 6º - portugueses - 62,6 anos.
Aldra…! São os alemães os que se aposentam mais cedo, 3 meses antes dos portugueses…
Se se tiver em conta o resultado da “produtividade individual”, a Alemanha está na média dos países do Sul e apesar da “produtividade horária” estar acima da média, não é melhor do que a da França ou da Grécia (o que denuncia a campanha dos nossos opinadores contra os gregos)…
Aldra…! Afinal, em nenhum indicador ganha a medalha de ouro e o que diz não vem nos dossiês…
Pelos vistos, a diferença da Alemanha está no esforço de inovação e nas taxas de poupança das famílias e das empresas, o que não tem nada a ver com o trabalho. Aldra…
É bem verdade, que como se diz: “Quem trabalha não tem tempo para ganhar dinheiro”.
Moral da história: “Dinheiro faz dinheiro”!

2 comentários:

  1. A Merkel anda desesperada por votos... As coisas não lhe correm bem nem por nada logo há que arranjar bodes expiatórios.

    E não é só com a economia, Miguel. Repara na esperteza do governo da dita senhora no caso dos "pepinos". A culpa era de Espanhóis. Depois já era de Holandeses. No final, a culpa era mesmo de Alemães...

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  2. Elenáro
    E afinal, nem eram os pepinos, nem a soja e ainda não sabem de onde veio o bicho...

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