A França, o Reino Unido e a
Alemanha apelam a Israel e ao Hamas para um cessar-fogo imediato na Faixa de
Gaza, indicaram os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 3 países, Laurent Fabius (França), Philip
Hammond (Reino Unido) e Frank-Walter Steinmeier (Alemanha), numa declaração conjunta divulgada e acrescentam:
"Damos o nosso pleno apoio aos
esforços realizados pelo Egito para esse efeito".
O cessar-fogo de 72 horas na
Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas expirou às 8 horas locais, após
negociadores não conseguirem chegar a um acordo final para ampliar a trégua.
Poucas horas antes do fim da trégua, 2 foguetes partindo de Gaza foram atirados
contra Israel, segundo o exército israelita. Não houve feridos.
Alemanha, França e
Grã-Bretanha propuseram a reativação de uma missão da União Europeia na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito para
ajudar a estabilizar o enclave palestiniano após um mês de guerra, disse uma
fonte diplomática da Alemanha nesta quarta-feira.
Europeus já repassam 900 milhões
de euros por ano para a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, na forma de ajuda
humanitária. Unidade entre os palestinos facilitaria a distribuição.
A União Europeia (UE) está
pronta para contribuir com a reconstrução da Faixa de Gaza e o fornecimento de
suprimentos à população local logo que se chegue a um cessar-fogo definitivo
entre o Hamas e o governo de Israel.
De acordo com o porta-voz da alta
representante para assuntos externos, Catherine Ashton, Sebastien Braband, o
bloco europeu conversou com todas as partes envolvidas a fim de definir a
melhor forma de contribuir para o fim do conflito. "Por isso é fundamental que o novo governo palestino assuma o
controlo da Faixa de Gaza e coloque fim às disputas internas", disse.
Se a Autoridade Nacional
Palestina, sob comando do moderado presidente Mahmoud Abbas, controlasse a
Faixa de Gaza, seria muito mais fácil para a UE distribuir ajuda financeira
diretamente à região e até mesmo controlar a aplicação desses recursos. Mas
quem comanda Gaza é o grupo radical Hamas, e o bloco europeu precisa fazer uso
de vias indiretas para repassar parte dos salários e aposentadorias dos
funcionários públicos da Faixa de Gaza e dar ajuda financeira para diversas
famílias que vivem na região. Esses repasses só podem ser feitos por vias
indiretas – transferir recursos ao Hamas está fora de questão.
Com isso, segundo a Comissão
Europeia, fica difícil controlar esses pagamentos – o que já gerou uma
reprimenda do Tribunal de Contas Europeu. Em dezembro do ano passado, a corte
declarou que a UE pagou salários a servidores públicos na Faixa de Gaza que nem
sequer estavam a trabalhar. O Tribunal de Contas recomendou ainda o
cancelamento dos programas de ajuda, o que não ocorreu.
Por ano, a Comissão Europeia
destina 450 milhões de euros do fundo comum europeu aos palestinianos da
Cisjordânia e da Faixa de Gaza, na forma de ajuda humanitária. O mesmo valor é
repassado diretamente pelos Estados-membros do bloco europeu. Ao lado da UE, os
Estados Unidos são o maior doador de recursos para os palestinianos.
Tem sido escandaloso o silêncio e inoperância da UE neste conflito, que não cabe nos valores da cultura europeias, a não ser desde a sua transformação numa cooperativa financeira… E por isso surge esta preocupação de 3 países, desgarrada da chamada União, sabe-se lá com que legitimidade e força…
E perante mais um previsível fracasso das negociações para um cessar-fogo, que deveriam ser para acabar com o conflito, negociando as questões que estão na sua base, eis que os mesmos 3 países da UE, propõem a reativação de uma missão da União Europeia na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, quase como um escudo humano, que impedisse Israel dos crimes humanitários que tem cometido impunemente, por serem cometidos contra civis indefesos, o que não seria a mesma coisa se os atingidos fossem funcionários da União. Bom seria que missão da UE fosse na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel, mas não há coragem… Seria remédio santo e permitiria ter (mais) observadores a recolher e dar testemunho dos “erros” colaterais, na era da nanotecnologia…
À falta de coragem, a União Europeia oferece aquilo em que hoje em dia se especializou e são os seus valores maiores, dinheiro. Para já, para ajuda humanitária, mais tarde, se houver tréguas, para reconstruir, mais uma vez, os edifícios destruídos, num ciclo vicioso que cheira a negociata de “patos-bravos”…
Como foi possível, em tão pouco tempo acontecer uma desvalorização tão grande na bolsa de Valores da cultura europeia, tão humanista e agora tão anestesiada?
Filosofias de vida e discriminação de pessoas que o passado parecia ter enterrado? Ou novo-riquismo parolo?
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