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domingo, 2 de fevereiro de 2014

O centro-direita é bom a ir ao bolso dos indefesos!

“O socialista é muito bom a gastar o dinheiro dos outros, mas quando acaba o dinheiro chamam-nos a nós e a vocês para compor as coisas”, disse, suscitando grandes aplausos numa plateia formada por dirigentes e militantes do Partido Popular (PP) espanhol.
“Os socialistas tendencialmente gastam e a nós toca-nos poupar”, disse ainda, referindo-se às próximas eleições europeias e perguntando se os eleitores devem votar “nos que causaram o problema ou nos que tiveram a ingrata tarefa de resolver a solução”. Paulo Portas falava na Convenção Nacional do Partido Popular (PP), sob o lema “Espanha na boa direção”.
Portas deixou uma mensagem de defesa da unidade também a nível europeu, criticando os que tentam dividir o norte e o sul do continente com “preconceitos culturais”.
Para o presidente do CDS-PP, “não há 2 países iguais. Nós somos vizinhos e diferentes. Uma crise de dívida é muito dura, mas uma de preconceitos culturais é muito mais dura”. “Não gosto dos discursos que querem dividir a Europa entre os do norte, que trabalham, e os preguiçosos do sul”, afirmou.
14 polícias ficaram feridos com ferimentos ligeiros e 15 pessoas foram detidas, entre eles, há 2 menores e 3 mulheres adultas, durante um protesto em Madrid, contra a privatização da empresa de serviços municipais de Alcorcón e contra o despedimento de 19 estagiários camarários.
Segundo fontes autárquicas os incidentes começaram quando um grupo de pessoas "espalhou sacos de lixo" em frente das forças de segurança.
Milhares de manifestantes desfilaram nas ruas de Lisboa e outras cidades do país em mais um dia de luta contra a austeridade, o empobrecimento da população e para exigir novas políticas económicas e sociais.
Veja alguns governos que mudaram com a crise na Europa
1 - O ex-Primeiro-ministro da Islândia Geir Haarde (do centro-direita) foi o primeiro atingido pela crise económica, renunciou em janeiro de 2009, no meio de altos índices de desemprego na ilha e escândalos no sistema bancário e substituído por Jóhanna Sigurðardóttir do Partido Social-Democrata;
2 - O ex-Primeiro-ministro britânico Gordon Brown (trabalhista) renunciou ao posto em 2010 após perder as eleições para o Parlamento para David Cameron do rival Partido Conservador;
3 - Em janeiro de 2011, o então primeiro-ministro da Irlanda, Brian Cowen, do partido de centro-direita Fianna Fail, renunciou após perder as eleições legislativas. Cowen foi substituído por Enda Kenny, do partido Fine Gael, de centro-direita;
5 - Em Portugal, o então primeiro-ministro socialista José Sócrates renunciou em março de 2011. A direita venceu as eleições legislativas realizadas em junho, e o liberal Pedro Passos Coelho assumiu o cargo de primeiro-ministro em coligação com os Democratas-cristãos;
6 - Na Grécia, o socialista Georges Papandreou renunciou em novembro de 2011, sendo substituído por Antonis Samaras, do partido conservador Nova Democracia, formando uma coligação com os mesmos socialistas;
7 - O ex-Primeiro-ministro espanhol, socialista, Zapatero perdeu as eleições legislativas para o conservador Mariano Rajoy, em novembro de 2011, no meio de um país devastado por dívidas, crise na banca e altos índices de desemprego;
8 - O ex-primeiro ministro italiano Silvio Berlusconi renunciou em novembro de 2011 e foi substituído por Mario Monti; 
9 - Em março de 2012, a Eslováquia realizou eleições legislativas antecipadas após a queda do governo de centro-direita de Iveta Radicova, em outubro de 2011 sendo substituído pelos Sociais-democratas;
10 - O ex-primeiro-ministro holandês Mark Rutte, liberal, em abril de 2012 apresentou a renúncia do seu governo minoritário de centro-direita, vencendo as eleições seguintes;
11 – Em Abril de 2011 as eleições legislativas na Finlândia deram a vitória à Coligação Nacional que terá um governo de coligação com os conservadores e o Partido Social Democrata;
12 -Após 10 anos de sucessivos governos de centro-direita, a oposição de esquerda chegou ao poder na Dinamarca liderada pela social-democrata Helle Thorning-Schmidt;
13 – Na França, em 2012, Nicolas Sarkozy, de centro-direita, perdeu as eleições para o socialista François Hollande;
14 - Na Noruega, a coligação de centro-direita, liderada pelo Partido Conservador (Høyre), ganhou a eleição, e a líder, Erna Solberg, será a nova Primeira-Ministra. Pela 2.ª vez a Noruega terá um primeiro-ministro de um partido conservador desde 1990.
15 – No Reino Unido, o conservador David Cameron ganhou as eleições, substituindo o trabalhista Gordon Brown e fez coligação com os liberais democratas;
16 – Na Holanda o VVD e os Trabalhistas foram os grandes vencedores das eleições antecipadas de 12 de Setembro.
Paulo Portas não é politicamente ignorante e sabe que entre a social-democracia e o socialismo democrático não há diferenças.
Paulo Portas sabe, por saber da história recente, que o aumento das dívidas não é coincidente com o despoletar da crise e tem cerca de 30 anos, perpassando por todas as ideologias e partidos que governaram durante esse lapso de tempo.
Paulo Portas sabe, por experiência própria, que o despesismo com a compra de 2 submarinos (1.000 milhões de euros), da sua responsabilidade, foi pré-pago por um governo socialista, que aumentou o défice em 2010 e que juntamente com a nacionalização da fraude do BPN empurraram para o pedido de resgate.
Se recorrermos à maioria das eleições depois da crise, é difícil saber se foram os socialista, os sociais-democratas, os centristas, os de centro-direita ou os de direita, que gastaram o dinheiro dos outros…
Se tivermos em conta que, durante a crise, as “ideologias” uma vez no poder alinharam todas pelo “pragmatismo” da austeridade, desviando-as da sua matriz político-ideológica e roubando a torto e a direito aos mais pobres para pagarem as fraudes dos bancos e as dívidas privadas, só podemos concluir que Paulo Portas quer vender gato por lebre, numa tentativa de nos fazer esquecer que está num governo de coligação (com um partido social-democrata) há 2 anos e meio, que é responsável por todas as injustiças sociais que tem apadrinhado, mesmo como democrata-cristão, coisa que nem o Papa lhe perdoará…
Dizer o que disse em Espanha, que para ele e Rajoy vai na boa direção, diante de um PP envolvido em escândalos de fraudes cometidos pelos seus 2 últimos líderes e muitos mais, não deixa de ser caricato. O que devia dizer é que em Espanha, os Populares gostam de se apropriar do dinheiro do povo (e os bancos também)…
E por isso é que, em Espanha e em Portugal, à mesma hora, o povo se manifestava pela enésima vez contra os salvadores das pátrias, à custa do gosto pelo roubo do pouco dinheiro dos pobres, dos “preguiçosos” Funcionários Públicos e dos indefesos Reformados…
Não há pachorra para tanta demagogia
Que os eleitores não lhe perdoem!

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