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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

A visão contabilística e a perspetiva de um cidadão…

O Governo PSD/CDS não foi além da troika apenas nos aumentos de impostos e nos cortes de despesa previstos nos memorandos de entendimento. O recurso a medidas extraordinárias e irrepetíveis do lado da receita também foi amplo, sendo que a receita predominou largamente face aos desvios do lado da despesa, mostram dados do Conselho das Finanças Públicas (CFP) e do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Ontem, a entidade presidida por Teodora Cardoso fez um primeiro balanço (até ao final do 3.º trimestre) do que foi a política de medidas extraordinárias deste Governo. Segundo as contas do CFP, os 3 anos da legislatura em análise saldaram-se em receitas extra na ordem dos 4,3% do PIB que acabaram por mais do que compensar as surpresas ou os desvios do lado da despesa (2,5%). Mas com o RERD (com encaixe estimado em 1.523 milhões de euros, anunciaram este semana as Finanças), o peso dos aumentos de impostos sai reforçado e as medidas da receita chegam mesmo a 5,1% do produto no triénio em análise.
Uma lista rica em exemplos
Mas que operações especiais são estas? Do lado da receita as mais pesadas foram a transferência dos fundos de pensões dos bancos para a Segurança Social e a sobretaxa em sede de IRS, ambas em 2011. Em 2012, o RERT (perdão fiscal) destacou-se como a mais importante.
Do lado da despesa, os desvios e as surpresas são muitos e variados. O custo do BPN e do BPP (2011 e 2012), a incorporação de dívidas da Madeira (2011), as transferências de capital para a CGD (2012), a ajuda ao Banif (2013). Recuando até 2010, era José Sócrates primeiro-ministro, sobressaem de novo o BPN e o BPP, a despesa com os submarinos e mais prejuízos com a Madeira.
Depois do “relatório” técnico, a perspetiva de um cidadão atento e farto de tantos “sucessos”…
Para esclarecer melhor aqueles que parece que não me conhecem de lado nenhum ou que nunca me leram aqui, digo o seguinte (com ajuda de gente séria que leio ou oiço quando posso e quero): 
1. A situação em Portugal está pior do que estava e o discurso político actualmente em Portugal é uma fraude total determinada pelas eleições que se aproximam. Por isso uma vez que as tvs fazem parte da fraude - divulgar o discurso do governo e dos seus partidos - e da sua disseminação pelos apoiantes e comentadores que o apoiam e isso irá durar até Maio (pelo menos) não quero levar com essa tortura: a tentativa da manipulação em questão. Denuncio de vez em quando como é sabido. Mas, já agora, primeiro convém estar vivo e, segundo, estar lúcido. Sei muito bem em quem nunca votarei na vida (sempre soube) e tenho a liberdade para escolher em quem votar a seu tempo, de acordo com a evolução que se verá.
2. Dito isto, se conversa fraudulenta sobre a realidade faz mal à saúde, viver a realidade com aquilo que ela nos oferece é uma outra violência. Entre a conversa e a violência do real há um muro de Berlim, um universo de diferença. Como isso é que é o fundamental não quero ouvir o discurso falso, mentiroso, enganador, servil dos grandes interesses, ficcional e desonesto do "sucesso". No que me diz respeito ficam a falar para a parede. Mas qual sucesso? Convinha que as esquerdas e os sociais-democratas que ainda existem denunciassem a operação da mentira. Por vezes fazem-no bem. Devem também pensar em formas de contrariar as manobras que se preparam, os discursos, os foguetes e preparar e lutar por uma vitória eleitoral nas europeias e nas legislativas.
3. Para terminar quem pensa que para conseguir isso - não ser enganado pelas mentiras nem pela fraude - precisa de estar à frente da tvs todos os dias está completamente enganado e cai numa armadilha. É que é justamente o contrário. É dessa maneira, com esses dispositivos dos media, que tentam enganar tudo e todos. Não é portanto à frente da tv que se resiste e se mantém lucidez. Nem sequer no facebook como é óbvio.
É na vida real, trabalhando e olhando à volta e tapando os ouvidos à propaganda das falácias e mentiras em curso (com algumas nomeações e alguns negócios pelo meio para ajudar à missa). Recuso. Já estou esclarecido, muito obrigado PPC e PP e Companhia Lda., pela vossa muito útil "transparência".
O meu relógio conta o tempo que falta para vos ver pelas costas. Não preciso das tv para isso. 

E já agora: Cuidado, resistentes! Se passam muito tempo a ver tvs, ainda acabam por cair outra vez na armadilha bem preparada que vos levou a votar neles em tempos e a colocá-los no poder com razões de direita e (pasme-se) de esquerda.

Lembrem-se do erro crasso.
No setor privado nada muda, mas os funcionários públicos vão sentir a diferença no que respeita ao salário líquido.

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