Em 2012, o número de portugueses em risco de pobreza ou exclusão social subiu para 25,3% do total da população, o que corresponde a um total de 2.700.000 de pessoas, depois de no ano anterior ter estado em 24,4%, indicam novos dados publicados pelo Eurostat.
De acordo com o organismo de estatísticas da União Europeia, nos 28 Estados-membros da UE, ao todo, 1/4 da população está nesta situação, o que representa um total de 125.000.000 de pessoas — números em linha com os portugueses. Em 2011, a percentagem estava nos 24,3% e, em 2008, nos 23,7%.
Isto significa, segundo o Eurostat, que estas pessoas estão em pelo menos 1 das 3 seguintes condições:
- Risco de pobreza mesmo após transferência de apoios sociais;
- Privação severa de bens materiais ou;
- Em agregados familiares em que os elementos ou não trabalham ou trabalham apenas a tempo parcial por falta de opção.
No 1.º caso, significa que as pessoas vivem em agregados com rendimentos por cabeça que são, mesmo após os apoios, inferiores a 60% do rendimento mediano (por adulto equivalente) no país. Como o indicador em causa tem como referência os rendimentos auferidos num determinado país, o valor do limiar de pobreza fixado varia de acordo com a grandeza relativa desses mesmos rendimentos em cada um.
Para o 2.º ponto são consideradas situações em as pessoas não conseguem dar resposta a pelo menos 4 de 9 pontos:
Já o 3.º ponto diz respeito a casas onde as pessoas até aos 59 anos vivem com outras entre os 18 e os 59 que aproveitam apenas 20% do seu potencial de trabalho, sem contabilizar os estudantes.
Em relação a Portugal, separando os dados, havia:
- 17,9% de pessoas a viver em risco de pobreza mesmo após a transferência de apoios sociais;
- 8,6% em séria privação de bens materiais e
- 10,1% a viverem em agregados onde o potencial de trabalho está subaproveitado.
Isto faz com que o país tenha passado de uma percentagem global de 24,4%, em 2011 (2.600.000 de pessoas), para 25,3% em 2012 (2.700.000) — um valor, aliás, igual ao de 2010, mas ainda assim inferior, por exemplo, ao de 2008, quando registou 26%.
Em termos totais, as percentagens mais elevadas foram encontradas na Bulgária (49%), Roménia (42%), Letónia (37%) e Grécia (35%). Os países em melhor situação são Holanda e República Checa (ambos com 15%), Finlândia (17%) e Suécia e Luxemburgo (ambos com 18%).
O
documento explica também que mesmo após a transferência de apoios sociais, 17%
das pessoas dos 28 países continuavam em risco de pobreza — o que mostra que as
medidas implementadas não são suficientes para combater a crise.
Até os países mais ricos tem pobres que bastem para provar que as medidas implementadas não são suficientes para combater a crise, apesar de o número de ricos ter aumentado.
Bom trabalho! Bem podem limpar as mãos à parede!
Penso que tendo logica o critério de apresentar apenas os paises europeus chamo a atenção par que os dados de muitos cidadãos do mundo(Africa. A.latina, Asia) começam da bulgaria para cima - e são mesmo muitos milhoes de seres humanos, com necessidades e desjos duma vida um pouco melhor. Sempre achei estranho naquilo que via dos EUA que parece que só existiam eles (ainda agora na espionagem NSA/Tempora se notava que grave era espiar pessoas(americanos),os colonizados devem ser espiados por segurança. Agora que entramos para o clube dos brancos ricos, já só falamos em drama se for no quintal; ainda por mais que somos só tolerados porque se construiu mal os tratados. Se soubessem o que sabem hoje tinham posto lá uma salvaguarda contra gregos,portugueses... enfim os grandes adeptos da solidariedade- dos outros connosco claro.
ResponderEliminarAo falar-se nos países europeus, que são os mais ricos e com um método de medição da pobreza bem mais vantajoso do que na maioria dos país mais pobres, é escandaloso que assim seja. Se cá vamos com estes números, imagine-se no resto do mundo...
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