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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

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Enquanto o Presseurop deverá acabar a 20 de dezembro, o presidente do Parlamento Europeu deplora o facto de o nosso contrato com a Comissão Europeia não ser renovado. Este também realça o papel fundamental do nosso site para informar os cidadãos a escassos meses das próximas eleições europeias.
Thank you. Merci. Mersi. Grazie. Gracias. Grazzi.
Go raibh maith agat. Dziekuje. Danke. Aitäh. Köszönöm.
Multumesc. Dêkuji. Paldies. Ačiū. Dakujem. Obrigado.
Hvala. Dank u. Kiitti. Blagodaria. Merci villmahl. Efharisto.
A ideia europeia é uma ótima ideia e, no entanto, a Europa sofre. Os europeus estão ávidos de notícias e, no entanto, os media fecham. Os cidadãos europeus têm falta de informação sobre a Europa e, no entanto, os sítios que se dedicam a preencher essa lacuna e a alimentar o debate sobre os desafios do nosso continente desaparecem.
É a triste sorte que parece esperar o Presseurop. Fundado em 2009, este sítio inovador percorreu, no entanto, o seu caminho na teia de informação europeia e aí encontrou, sem contestação, o seu lugar. Disponível em 10 línguas e, assim, acessível a 85% dos cidadãos europeus, permite-lhes tomar o pulso à imprensa europeia e mundial. Concentrando-se nos desafios europeus e nos assuntos da União Europeia, o Presseurop não é uma tribuna servil das instituições, mas oferece uma análise crítica bem como uma informação tão acessível quanto objetiva.
Graças a um sistema inovador de tradução instantânea, este sítio permite mesmo aos europeus trocarem opiniões entre si, em 10 línguas, e tornou-se, assim, em poucos anos, um espaço de discussão transnacional. Imagine-se uma grande maioria de europeus a poderem discutir os assuntos comuns na sua própria língua e a serem compreendidos por todos: à sua escala, o Presseurop realizou um sonho europeu!
Não existe nunca um bom momento para que um órgão de comunicação social desapareça, mas o fim do Presseurop acontece num contexto particularmente sensível. A 6 meses de um escrutínio que os partidos hostis aos valores europeus prometem perverter, o desaparecimento de um meio de comunicação social pan-europeu é uma péssima notícia. Uma péssima notícia para os nossos concidadãos que procuram informação e debate sobre o projeto europeu, para os jovens que se informam maioritariamente na Internet e privilegiam as redes sociais nas quais o Presseurop é reconhecido como uma referência de informação europeia e, muito simplesmente, uma péssima notícia para todos os defensores da Imprensa. É, também, uma péssima notícia para a nossa democracia numa altura em que as próprias instituições europeias estão a financiar uma grande campanha de informação e de sensibilização sobre as eleições europeias mas são incapazes de estender a mão a um meio de comunicação social que se dedica a cobrir essas eleições de maneira independente.
Não defendo o apoio automático e incondicional das forças públicas aos media. Mas no contexto particular de uma ausência de uma opinião, de uma consciência, de uma curiosidade transeuropeia assídua, o papel do Presseurop é essencial.
Enquanto presidente do Parlamento Europeu, não está nas minhas mãos emendar a decisão da Comissão Europeia de não renovar o seu financiamento ao Presseurop. É, no entanto, meu dever lamentá-la profundamente. A Comissão Europeia deveria ter o firme desejo de proteger uma Imprensa independente, pluralista, multilingue. Jamais deveria estar na origem da extinção de uma bela voz pan-europeia.

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