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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Um “Doutor Honoris Causa” com honra por causas…

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou as medidas expansionistas da União Europeia (UE) e avaliou que o bloco deveria "gastar menos com bancos e ajudar mais os pobres", como ele diz ter feito durante suas duas gestões, entre 2003 a 2011.
Lula discursou no Fórum Ministerial de Desenvolvimento, realizado em Brasília, e assegurou que a Europa vive uma crise "mais política" que económica ou financeira.
Na sua opinião, "falta decisão política" à maioria dos líderes europeus para encarar uma crise que pode ser solucionada com mais investimentos em desenvolvimento social e medidas para incentivar o consumo interno.
O ex-mandatário afirmou que o "erro" dos políticos europeus é "cuidar dos banqueiros em vez de cuidar do povo", e por isso recomendou "gastar menos com bancos e ajudar mais os pobres".
Segundo Lula, essa foi a receita aplicada com sucesso durante as suas duas gestões, nas quais promoveu um "novo paradigma" de desenvolvimento social.
"Provamos que é possível aumentar o salário mínimo sem provocar inflação, que é possível fazer transferência de rendimento sem inflação e que é possível a combinação perfeita entre o crescimento das exportações e o crescimento do mercado interno", avaliou.
Lula insistiu que "o cuidado com que tratou os pobres impulsionou a economia brasileira" e permitiu que cerca de 40.000.000 de pessoas saíssem da pobreza para entrar na classe média.
O ex-presidente também disse que, na altura, "os críticos dos programas sociais não perceberam que o país inaugurava um novo modelo de desenvolvimento", que agora é aprofundado, na sua opinião, pela sua sucessora, Dilma Rousseff.
O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva disse que os países europeus estão “a tentar transformar uma crise política em crise económica”. Segundo ele, falta decisão política para resolver a crise, que poderia ser solucionada se os países ricos investissem no desenvolvimento social e no consumo das suas sociedades.
“É a primeira vez que temos uma crise em que fazemos os pobres serem menos pobres. [Os países da Europa devem] gastar menos dinheiro para livrar a cara dos banqueiros e ajudar os pobres. Em vez de cuidar do banco, a gente tem de cuidar do povo”, disse Lula.
Se por um lado é mais fácil ver o jogo quem está fora dele, a prática política acumulada e com sucesso, deu a Lula o reconhecimento de “Doutor Honoris Causa” em várias Universidades, inclusive portuguesas, o que lhe dá o direito de falar de cátedra.
Por outro lado, as análises feitas pelo ex-presidente, por serem tão simples e lógicas, deixam-nos perplexos com a complicação que os líderes europeus, que nos levam a aceitar a tese exposta de que por estes lados estão mesmo a tentar transformar uma crise política numa crise económica, ou aproveitar-se desta “crise económica”, montada para alterar o conceito de democracia, branqueando o processo demagogicamente.
Qualquer analfabeto percebe que a “crise” que impõe austeridade e amplia a pobreza só pode ser solucionada se os países investirem no desenvolvimento social e no consumo interno das suas sociedades, sem que o setor da exportação pudesse crescer, já que são dois vetores paralelos e independentes.
Enquanto um reduziria as privações dos seus cidadãos, o outro aumentaria a receita do Estado. Pelos vistos foi isto que Lula fez e resultou… Só que ele não estava interessado em retirar Direitos aos Trabalhadores, destruir o aparelho produtivo, reduzir os Direitos Sociais, só porque não é crente nas doutrinas neoliberais…
Mas, contra factos não há teorias, a não ser as de conspiração!

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