(per)Seguidores

domingo, 27 de maio de 2012

“En garde!” Langarde só luta contra certa pobreza!

As declarações da diretora do FMI  foram acolhidas na Grécia, como uma “humilhação”.
Christine Lagarde rejeitara qualquer renegociação das condições do plano da troika, afirmando que o país tem de, “aprender a pagar os impostos”.
Lagarde referiu ainda ter mais simpatia pelas crianças em África do que por certos pobres em Atenas, declarações mais tarde retificadas pela responsável, mas que não evitaram uma vaga de indignação na capital grega.
Um habitante de Atenas lembra que, “tinha uma pensão de 1.780 euros e agora é apenas de 1.220. O que é suposto dizer ao meu filho deficiente, que a senhora Lagarde está a fazer experiências em meu nome?”.
Outro afirma, “de que é que são culpadas as 2.000 ou 3.000 mil pessoas que se suicidaram?”.
Outra ainda sublinha, “a senhora Lagarde precisa de falar com o povo, não com os políticos, e assim poderá ver o pouco que temos para comer, o quanto trabalhamos e o que pagamos para o estado”.
As declarações da diretora do FMI arriscam-se a inflamar ainda mais a revolta dos gregos contra o plano de resgate da troika, a 3 semanas da Grécia repetir as legislativas.
No último sufrágio, 60% dos eleitores tinham votado por partidos opostos às medidas de austeridade impostas pelo FMI, União Europeia e Banco Central Europeu.
Esta semana, mais uma vez, os europeus – e aliás não só eles – entregaram-se ao jogo do fazer medo, considerando como cada vez mais provável a hipótese da "Grexit". Segundo os analistas, que há meses se dedicam a dissertar sobre o porquê e o como de a Grécia dever sair da zona euro, chegou a vez de os políticos e os especialistas mandatados por estes últimos apresentarem as suas previsões, devidamente fundamentadas em cálculos, sobre a inevitabilidade desse cenário.
Na cimeira extraordinária informal de 23 de maio, os dirigentes europeus admitiram que a questão deixara de ser tabu e que estava a ser estudada, por cada um, individualmente. Ao mesmo tempo, reafirmaram o seu desejo de que a Grécia continue na zona euro – desde que, evidentemente, honre os compromissos que assumiu com os seus credores.
E é precisamente esse o ponto central do problema: mais do que económica, a "Grexit" é uma questão eminentemente política. Tal como a da adesão da Grécia à zona euro, apesar de em Bruxelas, e não só, se ter consciência de que, à semelhança do que se verificara anteriormente no caso da Itália, Atenas não estava preparada.
Cabe portanto aos dirigentes europeus decidir se estão preparados para assumir os custos económicos – para os seus bancos e para os seus contribuintes – e políticos – perda de credibilidade da moeda única, explosão do modelo de integração europeu, abandono do "berço da democracia", para referir apenas alguns – da saída da Grécia do euro. Cabe aos seus homólogos gregos decidir até que ponto estão dispostos a respeitar os compromissos que assumiram ou, se pretenderem voltar atrás, como tencionam fazê-lo. A saída da zona euro não parece constituir uma opção, nem para os dirigentes gregos nem para a maioria dos seus eleitores.
E é precisamente porque os custos políticos e económicos da "Grexit" seriam demasiado pesados, tanto para os gregos como para os seus parceiros, que temos o direito de apostar numa abordagem mais "soft", que deveria ser delineada depois das eleições legislativas de 17 de junho, na Grécia e em França. Provavelmente, os europeus irão acabar por aceitar um – novo – reescalonamento da dívida grega, que permitirá que a população, esgotada por 2 anos de dura austeridade, respire um pouco. Provavelmente governados por uma maioria inédita e vigiados de perto pela troika (UE-BCE-FMI), os gregos serão forçados a reformar um Estado que se revelou injusto e ineficaz e a abandonar hábitos políticos cujas consequências saltam aos olhos de toda a gente.
Aceitando-se que o medo não é o melhor conselheiro para quem já está em pânico, se alguns dirigentes europeus reafirmaram o desejo(?) de que a Grécia continue na zona euro, mas desde que honre os compromissos que lhe foram impostos pelos seus credores, caso contrário deixarão(?) cair o país, que eles deixaram entrar na “sociedade” sabendo que não estava preparada (e quem estava?), não é mais do que uma ameaça contraproducente e uma ingerência no voto livre das próximas eleições.
Mas mais do que económica, a saída da Grécia da zona euro é mais uma questão política, já que não resolve o problema dos dirigentes gregos (que não se entendem), muito menos para a grande maioria dos seus cidadãos, esgotada por 2 anos de dura austeridade imposta pelas instituições “amigas”, com resultados nefastos e irrecuperáveis, que não deixam adivinhar senão o pior.
Segundo contas já feitas(?), parece que os dirigentes europeus terão que decidir os custos económicos, que se refletiriam nos seus bancos (nem pensar!), nos seus contribuintes (que se lixem!), mas nunca nos seus políticos, sempre à tona de todas as crises de que foram os responsáveis.
E como se não bastassem os nossos crânios europeus, aparece uma “europeia”, Christine Lagarde e atual diretora do FMI, a piorar as coisas e de um modo abruto e à bruta, ameaçando com a nega de qualquer renegociação das condições do plano da troika e, imagine-se, a comparar a pobreza em África (missão e competência do Banco Mundial) com a pobreza na Grécia (missão e competência do FMI), inflamando assim, ainda mais, a revolta dos gregos contra o plano de resgate da troika, que se traduziu nas últimas eleições em 60% dos votos nos partidos que se opõem a estas medidas de austeridade impostas pelo FMI, União Europeia e Banco Central Europeu e em que Lagarde tem responsabilidades, quer como anterior ministra das Finanças de França, no tempo de Merkozy e por isso da confiança de ambos, e que não foi competente para inverter o plano inclinado da economia francesa.
E porque no seu país, quem a nomeou (Sarkozy) perdeu as eleições, por defender as ideias e a prática que Lagarde por imposição defendia, seria mais do que lógico que a Senhora se demitisse, em vez de cantar de garnisé, para assustar os pombos indefesos e famintos da praça Sintagma
A Ética, a Sociologia e a Política é uma regra de 3 muito complicada!

2 comentários:

  1. Eu sei onde ela podia enfiar aquele dedinho maroto! Já lhe chamei uns nomes bem feios. Essa sujeitinha é uma grandessíssima fd* que devia ser obrigada a pedir desculpas públicas ao mundo por existir!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Como vês, há "Relvas" por todo o lado, umas mais daninhas do que outras. Como é possível uma pessoa no lugar dela poder insultar uma nação, impunemente. O Khan, só por brincar aos médicos veio de vela... Nem sei o que é pior, mas talvez juntar os dois num quarto escuros...

      Eliminar