A Alemanha e a Grécia são os dois polos da UE atual. Quanto à Alemanha e aos alemães, incluindo a chanceler [Angela Merkel], há uma larga opinião favorável (o país mais admirado, a líder mais respeitada, os mais trabalhadores, os maiores partidários da integração económica e da UE, os menos corruptos), perante uma Grécia sobre a qual ninguém tem boa opinião, a não ser os próprios gregos.
O jornal madrileno sublinha ainda que:
A Espanha, tradicionalmente adepta da ideia pró-europeia é, com a eurocética República Checa, o país mais desiludido da União Europeia. Hoje, pouco mais de metade dos espanhóis acredita que a UE foi positiva para o país. A nível europeu, o euro continua a ser apreciado pelos europeus que o veem com um mal menor: preferem mantê-lo em vez de o perderem.
É difícil entender este paradoxo de uns poucos gostarem do que e de quem só nos faz mal, outros que admitem “do mal, o menos” e um maior número de cidadãos que estão contra…
“Clubismos” à parte, é fácil entender que quem gosta do status quo são os que tiram benefícios, que quem “está por tudo” vai engolindo em seco a inevitabilidade martelada nos media e que quem está contra já sofre no corpo os malefícios resultantes dos “benefícios”…
Se tivermos presentes as “soluções” políticas propostas por alguns líderes europeus de hoje, depois das recentes alterações dos atores principais, ao lermos o resultado do inquérito acima, perguntamo-nos: de onde lhes vem a AUTORIDADE para atuarem em nome de quem não os elegeu, deteriorando o seu estatuto de vida, impunemente, quando a visão que tem deles é inversamente proporcional ao PODER que exercem?
O presidente da Comissão Europeia defendeu hoje que a ajuda que a Alemanha presta aos países do sul da Europa não é feita por caridade, mas sim porque é também do seu próprio interesse, já que os benefícios que retira do mercado único europeu são muitos.
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