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terça-feira, 24 de maio de 2011

A Economia tem muitas teorias e ainda mais teóricos

O Presidente da República afirmou “Eu já tive ocasião de dizer várias vezes que o problema português é mesmo muito sério. Nós vamos mesmo ter que mudar de vida de forma a construir uma economia saudável, e como disse e sublinhei vai ser necessário trabalhar melhor e poupar mais”. Nesse sentido, disse esperar que a campanha eleitoral “esclareça as diferentes propostas para dar resposta aos problemas do país”.
Pois, mas como dizia o outro, eu quero é que me dêem trabalho! E trabalhar melhor será trabalhar mais pelo mesmo dinheiro? Será possível trabalhar melhor com os mesmos empresários desqualificados e “desendinheirados”?
Poupar mais? Com cerca de 900.000 desempregados espalhados por várias famílias que os tem que sustentar, porque o Estado já mandou 204.000 pedir a sopa às Misericórdias e Beneficentes?
E se ainda está à espera, que a campanha eleitoral esclareça as diferentes(?) propostas para dar resposta aos problemas do país, ou tem andado fora, ou não viu os debates, nem tem visto a campanha na TV. Pode começar a chamar os partidos à pedra…
Mas também já estamos TODOS ESCLARECIDOS, sobre o PROGRAMA da troika amiga…
Cavaco Silva disse que continua hoje a entender que "cabe aos  economistas convencer os decisores políticos e outros decisores da sua utilidade"  e que "as decisões económicas baseadas nos seus conhecimentos têm mais possibilidade  de acertar do que as decisões baseadas na ignorância".
Esta é o máximo! Então não vemos todos os dias, que cada economista, sua sentença? A diferença de opinião depende só da diferença de interesses pessoais, ou grupais e com os compromissos individuais e partidários, como disse Bernard  Shaw: “Se todos os economistas fossem postos lado a lado, nunca chegariam a uma conclusão.”, ou John Galbraith (Economista): “A economia é extremamente útil como forma de emprego para os economistas.”
Mas melhor disse Eça de Queiroz: “Logo que na ordem económica não haja um balanço exacto de forças, de produção, de salários, de trabalhos, de benefícios, de impostos, haverá uma aristocracia financeira, que cresce, reluz, engorda, incha, e ao mesmo tempo uma democracia de produtores que emagrece, definha e dissipa-se nos proletariados.”
Estamos conversados! Mas então expliquem-nos lá como se sai disto, sem as “receitas” do FMI, que na Grécia só deu caca…
Segundo dados do INE, 204.000 portugueses não constam para as estatísticas porque já deixaram de procurar emprego, além dos 688.000 que se encontram no desemprego.
Se estas pessoas entrassem nos números da taxa de desemprego, que, no primeiro trimestre de 2011, atingiu o nível histórico de 12,4%, a taxa de desocupados estaria nos 15,5%.
Para melhor entendermos, talvez este artigo ajude, só para não sermos levados por parvos…
Por José Paulo Silva
Dois organismos públicos, o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e o Instituto Nacional de Estatística (INE), continuam, mês a mês, a divulgar números diferentes sobre o desemprego em Portugal.
Os dados mais recentes do INE ampliam a diferença entre o desemprego registado nos centros de emprego, ou seja, pelo IEFP, e os que são estimados por aquele organismo estatístico nacional.
Quem está mais atento sabe que o IEFP, isto é, o Governo, considera desempregados apenas os homens e mulheres inscritos nos centros de emprego.
É sabido que muitos desempregados que perdem o direito ao subsídio de desemprego não se inscrevem nos centros de emprego. Para o IEFP deixa 

m, a partir desse momento, de serem considerados desempregados. O INE calcula o desemprego através de um inquérito à população, cujo modo de recolha foi recentemente alterado, fazendo subir ainda mais a taxa da população desempregada para os históricos 12,4%.

Um desempregado é o que (não tem um trabalho remunerado), independentemente de conceitos ou métodos estatísticos, mas bom seria que as entidades públicas se entendessem quando apresentam números sobre esta chaga social.
Os números podem ser lidos de muitas maneiras, mas não é admissível que o INE garanta que o desemprego está a subir e o IEFP assegure, como vem expresso no seu último relatório, que se assiste a “um decréscimo do emprego registado no país”.
Estamos esclarecidos!

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