Iansã - deusa protetora dos ventos e tempestades
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“Dificilmente” se consegue sair da crise sem aumentar o consumo, o investimento e o nível de crescimento da economia. “Os países devem agir para evitar que seus povos vivam o desemprego e perdas dos direitos sociais”, defendeu Dilma, acrescentando que o seu país tem conseguido aliar crescimento com distribuição de rendimentos.
Basta querer ver o que já se passa nos “países à rasca” para se entender o que Dilma diz e para lhe dar o direito à razão, se soubermos dos progressos alcançados no Brasil:
Grécia: já não há dia sem protestos
Espanha: desemprego volta a subir em Setembro
Milhares marcham em Portugal contra plano de austeridade
A voz dos “indignados” faz-se ouvir nos EUA
Para quem pensa que a presidente brasileira é o que é por ser mulher (como ela própria pensa), deve ter em conta a sua formação académica, que passa pela formação em ciências económicas e pela consciência social e política para continuar a dar-lhe o direito à razão. E não é por estar fora do jogo que a ajuda ver melhor, é por ter sido vítima desse jogo… Os nossos analistas (os picaretas falantes) só não veem porque não querem ver, só porque lhes dá muito jeito!
Entretanto, um mau agoiro, mas que tem uma “receita”, que lhe poderá dar créditos, mas se lermos com atenção, verificamos que o principal conselho é: “que se lixem os países pobres, vamos é salvar os países remediados e ricos!”, que é a lei do mais FORTE, ou do salve-se quem puder…
O economista faz jus à sua alcunha de profeta da desgraça e traça um cenário muito negro para a Europa. Segundo Roubini, a actual crise já não tem só a ver com a Grécia, Irlanda e Portugal.
O economista reiterou a necessidade de se estabelecer um plano com oito pontos, conforme defendeu recentemente.
1. Muito mais flexibilização monetária e quantitativa. E isso inclui flexibilização do crédito.
2. Estímulos orçamentais de curto prazo nos países que ainda o podem fazer, como os EUA, Reino Unido, Alemanha, núcleo da Zona Euro e Japão. É a periferia da Zona Euro que está a realizar um aperto orçamental. Os restantes devem adiar a austeridade, pois no curto prazo precisamos de estímulos.
3. Fornecer significativos apoios de credor de último recurso a Itália e Espanha para garantir que estes países soberanos, ilíquidos mas solventes, não descarrilam.
4. Reestruturar de forma ordenada a dívida dos governos, dos bancos, das famílias que estão insolventes.
5. Forte recapitalização dos bancos europeus através de um programa ao estilo do norte-americano TARP (compra de activos tóxicos por parte do governo).
6. Apoiar os mercados emergentes, providenciando ajuda monetária e orçamental aos países que vão entrar em apuros, ajuda essa que deve ser dada através do FMI e de outras instituições financeiras internacionais.
7. Conceder crédito a pequenas e médias empresas e às famílias que estão com aperto de liquidez.
8. Saída ordenada dos países que não vão conseguir recuperar a competitividade na Zona Euro, como a Grécia e, potencialmente, também Portugal.
“Receio que os políticos norte-americanos e britânicos não tenham vontade política para o fazerem nos seus próprios países, quanto mais coordenar este esforço a nível internacional”, afirmou.
Como dizia Shimon Perez há anos, dentro do mesmo critério: “Mais vale dar dinheiro aos pobres dos países ricos, do que aos ricos dos países pobres.”
Teria o homem razão?
Quem não a tem, como se queria demonstrar, enquanto o futuro não chega, são os “nossos” algozes da troika, que vão semeando ventos…
Eu aposto na receita da Dilma... mas o Tatcherismo deixou inúmeros seguidores!
ResponderEliminarFélix da Costa
ResponderEliminarNão há outra saída de fazer dinheiro senão investindo e o Tatcherismo já devia ter morrido, se não fosse o bebedolas do Blair...