Um resumo bem feito, que permite entender em que consistiu o “negócio”, pode ler-se em Ai que shit, que mau pró business!, o que me dispensa de o repetir. No entanto, como a novela promete, convém registar os vários atos, apreciar a performance dos atores e estar atentos aos textos para entendermos o GRANDE ENREDO e esperarmos por um GRANDE FINAL…
Outro resumo, mais sucinto e bem mais visível, no cartoon de Henrique Monteiro, no HenriCartoon
A Secretaria de Estado da Cultura tem dúvidas em relação à avaliação feita pela leiloeira britânica Christie's e vai pedir, por isso, a uma entidade independente que reavalie as obras.
Sabe-se que as 826 peças que o comendador cedeu, em regime de comodato, ao Estado foram avaliadas, em 2006, pela Christie's em cerca de 316 milhões de euros. Acontece que a leiloeira era parte interessada no negócio, já que tinha sido intermediária em grande parte das vendas.
Hummmmmm!!!!!
Mas o contra-ataque às vezes resulta (o conterrâneo Jardim confirma-o com a mesma tática) e toca de disparar insinuações (impunemente?) contra tudo e contra todos, até contra o seu “negócio”, quando afirma que as pessoas que dirigirem o nosso país (este e muitos dos anteriores) não têm experiência de vida, caindo facilmente em esparrelas de gente com mais esperteza (terá sido o caso?)...
O que está em causa, assinala, é "o que deviam ter pago este ano e não pagaram, apesar de o secretário de Estado ter dito que pagaram". "Não chegou dinheiro nenhum à Fundação. Se eles pagaram, onde é que eles meteram o dinheiro, levaram para casa?", questiona, com gargalhadas de sarcasmo. "Lá à nossa conta não chegou. Devia ter ido parar à conta da Fundação CCB... para o saco azul", ironizou. "A não ser que eles se enganassem, tudo é possível, em vez de mandarem para a Coleção, mandassem para outro lado. São pessoas que não têm experiência de vida a dirigirem um país como o nosso, é uma pena", criticou.
E o governo, em vez de desconstruir as insinuações(?) e levantar os inquéritos mais do que justificados, em abono da transparência desta estória, vem fazer prova de um pagamento, sem fazer prova da justeza do contrato…
A Secretaria de Estado da Cultura divulgou hoje o documento comprovativo do pagamento de 1.275.000 euros feito à Fundação de Arte Moderna e Contemporânea Colecção Berardo na sexta-feira, data limite prevista no acordo do Estado com a instituição.
E enquanto na área cultural (comprovadamente) se dá dinheiro a quem “tem” muito, continua-se a tirar dinheiro a quem tem pouco, comprovadamente na área social…
O próximo Orçamento traz uma medida que convida os trabalhadores na mobilidade a procurarem outros empregos ao invés de permanecerem na bolsa de mobilidade.
Nos 2 primeiros meses, os funcionários nesta situação continuam a receber o salário por inteiro, mas nos 10 meses seguintes a remuneração baixa dos actuais 83% do salário base para 66,7%. Depois desse período, o trabalhador entra na fase de compensação e ficar a receber apenas 50% do vencimento do que ganhava no activo, contra os actuais 66%.
Actualmente existem cerca de 1.200 trabalhadores em mobilidade especial, uma gota no oceano.
Mais uma “obra de arte” legislativa, que merece ser exposta nas paredes do CCB (se o Joe permitir)…
Continuam, (e qual a surpresa?), os dois pesos e as duas medidas!
ResponderEliminarFélix da Costa
ResponderEliminarSe fossem só 2 pesos e duas medidas... mas parece que as medidas vão ser mais que muitas e o peso será relativo.
Mas passar por parvo, um Secretário da Cultura, em oposição a uma agente cultural como o Joe, é muito... A Cultura é negócio, mas não faz parte das responsabilidades do tal Estado Social.