O ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, afirmou que a aposta na energia nuclear "é uma possibilidade" e que até 15 de outubro será apresentado um modelo sustentável para o mercado de eletricidade.
"Acho que as empresas já passaram a fase do debate", comentou o governante, quando questionado se o tema sobre a energia nuclear deveria voltar à discussão pública.
Caro Dr. Álvaro
Como seguidor do seu blogue DESMITOS, acompanhei muitos dos seus posts, dos quais divulguei alguns porque concordava com eles e tinham um fio condutor que não chispava com o meu, quer nas análises económicas, quer em outras áreas da vida quotidiana que vamos levando.
E registei, sobre a energia nuclear, algumas considerações que fez aquando do desastre de Fukushima, por exemplo, esta: LIÇÕES DA TRAGÉDIA JAPONESA (2): “Uma das outras consequências mais ou menos inevitáveis da tragédia japonesa será o princípio do fim do renascimento da energia nuclear. Perante a catástrofe no Japão, vários países (incluindo os Estados Unidos) já decidiram adiar o investimento projectado em novas centrais nucleares. Em Portugal a questão ameaça ficar na praia mesmo antes de levarmos a cabo um debate sobre o assunto.” e mais esta FUKUSHIMA: “Ou muito me engano, ou vai levar muitos anos para que a indústria nuclear recupere deste acidente.”
E vem isto a propósito do que disse o Sr. ministro da Economia, que deve conhecer bem.
Claro que como cidadão tem toda a liberdade de pensar o que quiser, sobre qualquer assunto e pelo que se depreende do transcrito acima, parecia aberto à energia nuclear, mas Fukushima veio desfazer qualquer ilusão, retirando-lhe o último argumento dos seus defensores: energia limpa, barata e segura…
SEGURA?
Um abraço!
Exmo. Sr. ministro
Em democracia, quem manda é o povo, não apenas quando vota, mas enquanto vive exercendo os direitos de cidadão, a que se chama cidadania. E por isso, não acha, como eu, que é redutor que uma discussão sobre a (in)segurança de todas as pessoas e do próprio planeta seja limitada às empresas, que de tão gulosas até já passaram a fase do debate, sem ter havido, como disse o Dr. Álvaro?
Não acha arriscado e imprudente pensar em apostar na possibilidade de implementar a energia nuclear no NOSSO país, só porque dizem que é “barata”, mas que já foi provado que não é?
Não acha que pensa contramaré, que países europeus e os EUA fujam dos riscos e desistam da bagatela, enquanto nós (o Sr. ministro!) queremos investir na invenção da pólvora?
Já sabemos que até 15 de outubro será apresentado um modelo insustentável para os cidadãos, mas sustentável para o mercado da eletricidade… Já sabemos (já sabíamos) que não vai haver 30% de aumento (grande peta!), mas o mercado ficará satisfeito…
Sr. ministro, se me permite, aconselho-o a conversar um pouco mais com o Dr. Álvaro, pessoa sensata, democrata, humanista e preocupado com o social. Vai ver que muda de opinião!
Bem sei que nos vai dizer que já temos, bem perto, uma central espanhola em Almaraz e por isso, diga-nos que vai fazer todos os esforços para acabar com ela, exigindo a segurança dos portugueses a cujo governo pertence!
Cumprimentos respeitosos de um cidadão, que não é nuclear.
A Bem do Planeta!
PS – Há para aí um sr. Patrick qualquer coisa, que gosta muito do ambiente, do mar, dos desportos náuticos, que cada vez que há um novo governo vem sempre com o negócio do nuclear… Se o vir, fuja, se já o viu, esqueça-o.
Resolvia-se com facilidade o problema: os Portugueses quotizavam-se e ofereciam ao Sr. Ministro uma bela vivenda (custava pouco a cada um e era apenas mais um custozinho...) encostadinha a um dos reactores tão seguros... mas ele seria obrigado a viver lá!
ResponderEliminarFélix da Costa
ResponderEliminarComo "conheço" o Dr. Álvaro, penso que ainda não atingiu a "maturidade política", como governante e ainda acredito em tudo que ele disse enquanto Álvaro dos Santos Pereira...