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domingo, 4 de setembro de 2011

Uma visão distorcida dos DIREITOS e do IMPOSTO!

O ministro das Finanças foi ao Parlamento apresentar algumas das medidas que suportam os 2.243,2 milhões de euros de cortes na despesa pública, que serão efetuados nas funções de soberania, sociais e económicas do Estado.
Os 2.243,2 milhões de euros que o Governo estima cortar na despesa em 2012, que incluem os cerca de 1.700 milhões nas funções sociais, são maioritariamente obtidos à conta de poupanças na área da Saúde, que contabilizam 810,2 milhões de euros.
Em causa estão cortes de 352 milhões de euros nas funções de soberania em 2012, e que englobam cortes nos órgãos de soberania, na representação externa, na defesa, na segurança interna e na justiça.

Lembrando-me ainda do que ouvimos sobre os CORTES NAS GORDURAS DO ESTADO, faz-me espécie e sinto que fomos enganados (aldrabados), porque aquilo a que contabilisticamente chamam agora de despesa pública (cortes em direitos constitucionais, no número de trabalhadores, em serviços prestados, em tempo de resposta e em qualidade), podem por em risco a saúde e a vida de quem paga impostos, ou está dispensado.
Ia fazer as percentagens entre os cortes nas gorduras e nas funções sociais, mas comparar 352 milhões de euros nas primeiras com 1.890 milhões nas segundas, é fácil perceber que correspondem apenas 1/6! Temos um PM (e um acólito) de palavra, como já tinha provado e continuará a demonstrar, coadjuvado pelos “técnicos” andróides que fazem eco e tentam convencer-nos. Mas não há de demorar muito a serem substituídos por gente de sangue quente, porque não há mal que sempre dure.…
O ministro da saúde admitiu hoje que os cortes de 11% impostos aos hospitais podem implicar “menos prestação de cuidados médicos”.
A troika impôs que até 2013 o ministério da Saúde cortasse no mínimo 500 milhões de euros em despesa, mas o Governo decidiu subir este patamar para os 750 milhões.
Sobre a taxa moderadora Paulo Macedo admitiu que ficará "acima da inflação". O ministro garantiu que os mais desfavorecidos ficarão isentos e que "o aumento vai ter em conta o rendimento das pessoas e será diferenciado entre cuidados primários e hospitalares".
O próprio ministro da saúde(?) é o primeiro a admitir, com cara de pau, que haverá menos cuidados médicos para os utentes do SNS, fruto do aumento de 50% acima dos cortes impostos pelos técnicos da troika, que nos permite considerar que tem consciência e responsabilidade social, ao contrário dos nossos “técnicos”, que se meteram na política. E deu nisto!
Sobre as taxas moderadoras e outras taxas que vão entrando na moda, parece que são inversamente proporcionais aos impostos que se pagam, enquanto os impostos são diretamente proporcionais ao que se ganha com o trabalho (o capital continua isento, claro!)
Mas como vem sendo useiro e vezeiro e no caso, como bom samaritano, os pobrezinhos ficarão isentos das taxas (cai sempre bem nas consciências dos sociais democratas e democratas cristão), mas nunca ficarão isentos das consequências das restantes medidas. Uma atitude de caridade cristã, que com umas missinhas ao domingo garantirá o céu a tão boa gentinha, mesmo que infernizem os seus semelhantes, criados pelo seu Deus…
O Bastonário da Ordem dos Médicos considera que o Governo “está a ir longe de mais” nos cortes que está a levar a cabo na Saúde, com a redução de despesa nos hospitais. José Manuel Silva afirma que “a fatura da crise não pode ser paga pelos doentes”, temendo pela qualidade do SNS, em virtude de um esforço de contenção de despesas que poderá ser exagerado.
"Todos devemos colaborar no esforço nacional de contenção de custos, mas consideramos que não pode ser o Serviço Nacional de Saúde e os doentes a pagar a principal fatura da crise", referiu.
Óbvio! Não podem ser os doentes a pagar a fatura dos traficantes financeiros (a monte) e estas “políticas” de cariz social democrata e cristã estão a ir longe de mais… até quando?
O presidente e a coordenadora nacional da Autoridade dos Serviços do Sangue e da Transplantação pediram hoje a demissão em protesto contra as intenções do ministro da Saúde de cortar as verbas daquele organismo.
"Recuso-me a permanecer aqui porque o meu lugar está esvaziado de funções. Não posso aceitar que haja doentes que se podem salvar, mas que vão morrer porque o país está em dificuldades económicas", disse a Coordenadora Nacional das Unidades de Colheita de Órgãos, Tecidos e Células para Transplantação, Maria João Aguiar.
A demissão da coordenadora nacional surge na sequência das declarações "absolutamente desastrosas" do ministro da Saúde, Paulo Macedo, em entrevista à TVI.
E ainda por cima, o ministério nem ficou surpreendido com as demissões, o que leva a pensar que houve provocação, mas há sempre um boss (de preferência católico fervoroso) disponível para aceitar o sacrifício do cargo, que com a desobriga fica perdoado…
Realmente, não é deontologicamente aceitável, deixar morrer doentes que se podem salvar, por dificuldades económicas(?)! Ainda há gente coerente e técnicos com ADN humano…
Pelos vistos, tirando os ministros e o chefe, mais ninguém está de acordo com as (des)medidas, a começar pelos próprios sócios dos dois clubes…
Quem será que vai em contramão?

2 comentários:

  1. Miguel,
    mas onde estão aqueles que votaram nestes troikanos pseudo governantes aqui do rectângulo?
    Eu já senti aquilo que referes sobre a saúde...e sabes que +??? eu só desejo, que eles sintam, brevemente, na própria pele o que andam a fazer aos outros. porque irem directos ao sítio certo não vão eles. cambada!

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  2. Ema
    Eu até era para lhes rogar uma praga, por muito "protegidos" que eles estejam, mas não adiantava, porque iam tratar-se lá fora...

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