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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Só ganhou 1 regional em 6 e quer a taça Europeia?

Os partidos que formam a coligação de governo alemã sofreram nova derrota numa eleição regional neste domingo (04/09), no estado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental. A CDU (União Democrata Cristã), da chanceler federal Angela Merkel, obteve 23,1% dos votos, contra 28,8% de 2006. Já o FDP (Partido Liberal), do ministro dos Negócios Estrangeiros alemão somou apenas 2,7% dos votos, uma queda de 6,9 pontos percentuais em relação a 2006, e ficou fora do parlamento por não ter alcançado o índice mínimo de 5% exigido pela legislação eleitoral alemã.
O Partido Social Democrata (SPD), foi o mais votado, com 35,7% dos votos, o partido A Esquerda, teve 18,4%, o Partido Verde obteve 8,4% e o partido da extrema direita NPD alcançou 6% dos votos.
Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental concentra o círculo eleitoral pelo qual Merkel concorreu ao Bundestag. O estado apresenta uma taxa de desemprego de 12%, quase o dobro da média nacional, de 7%.
É sempre com um prazer maquiavélico que noticio estas derrotas da Sra. Merkel (e da coligação governamental), que só ganhou uma eleição regional e tem perdido poder em. Mas o prazer é do foro intelectual e político, porque prova, por um lado, que ELA sendo rejeitada pelos seus concidadãos, nem “legitimidade” terá na sua terra até às eleições federais, em 2013 e por outro lado, com as perdas contínuas e alargadas a cada região, menos prosápia terá para querer comandar a política europeia, por estar a usurpar a soberania dos respetivos países.
Nas últimas 6 eleições regionais, o CDU avançou apenas na Saxônia Anhalt, no leste do país. A 7ª e última eleição regional prevista para 2011 ocorrerá a 18 de setembro, em Berlim, onde os social-democratas lideram as pesquisas. Mais fé!
De salientar que esta derrota se deu na região onde Ela está inscrita e que afinal tem 12% de desemprego, quase tanto quanto o nosso, o que não nos ajuda, nem consola, mas faz emergir a (in)competência e empenho da estadista…
Curiosamente, este desaire eleitoral e político foi pouco noticiado cá no país e a maioria das notícias tem proveniência em jornais brasileiros. Qual será o motivo da autocensura?
A taxa de juro da dívida portuguesa está em alta ligeira, depois de a coligação de Angela Merkel ter sofrido uma derrota eleitoral.
A subida dos juros da dívida portuguesa ocorre na mesma altura em que as acções europeias desvalorizam. Os juros da dívida espanhola também estão a subir.
A oposição a Merkel tem criticado a gestão que a líder alemã tem feito da crise e opõe-se à ajuda concedida aos países da periferia europeia e a sua vitória sinaliza um menor apoio às políticas de apoio ao euro.
O pior, é que o “malzinho” da Sra. é contagioso e até nós apanhamos de tabela, nós e os restantes países europeus e é bem feito, para não se curvarem tanto perante uma múmia adiada…
Já não sei se para o bem, ou para o mal, diz-se que os partidos da oposição e os seus votantes não a querem, por ela estar a ajudar os PIIGS… Mas se o que ELA tem feito se pode considerar como ajuda, eu vou ali e já venho…
Se fosse verdade (os políticos mentem tanto em Portugal, como em qualquer outro país) e a oposição ganhasse, tal quereria dizer que o Euro tinha os dias contados, até 2013, mas para quem venderia a Alemanha o seu refugo sem os PIIGS “sulistas”?
Para já regozijemo-nos! Cá se faz, cá se paga…

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