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terça-feira, 13 de setembro de 2011

O futuro já chegou à Grécia e enterrou o helenismo!

As aulas começam hoje na Grécia para o ensino primário e secundário, mas ao contrário do habitual, sem todos os livros, que são fornecidos pelo Estado, devido à crise, porque houve um atraso na impressão, que devia ter ficado concluída em finais de agosto.
O Ministério da Educação grego recordou que o problema se deve ao atraso, de 49 dias, da decisão do Tribunal de Contas, que por lei já deveria ter aprovado a compra de papel para os livros.
A educação pública grega proporciona no início do ano lectivo livros gratuitos aos cerca de 1.300.000 de alunos do ensino primário e secundário público e os alunos de escolas privadas têm de comprar os livros, mas a um preço reduzido.
Este é o limite impensável e inaceitável para as políticas de austeridade impostas a qualquer país, que se quer que se desenvolva, ao mesmo tempo que se apregoa como paradigma, que só a EDUCAÇÃO nos pode levar ao sucesso económico e à saída da crise financeira.
TÁ-SE MESMO A VER! Agora só falta que os pedagogos não gaguejem nos argumentos, a favor, ou contra a CULTURA…
Bem sei que se pode questionar da bondade (e do direito) de todos os alunos gregos terem direito aos livros, gratuitamente, da mesma forma que podemos questionar a legitimidade política de em Portugal os pais estarem a pagar os aumentos de salas de aulas (a mesma questão ao contrário), para colocar os seus filhos nas escolas mais próximas… A tal “liberdade de escolha”!
E é o que nos espera, mas não façam do povo tão burro (de carga), durante muito tempo!
O receio de que a Grécia não consiga cumprir com o plano de ajuda externa está a levar a Alemanha a preparar um plano B para o caso de o país falir. Saída do euro é uma das opções.
O ministro das Finanças alemão está a avançar com este plano alternativo, que envolve dois cenários distintos: num deles, a Grécia permaneceria no euro, no outro, teria de abandonar a moeda única, mas oficialmente, um porta-voz garantiu que “se está a trabalhar intensivamente num plano A, e não num plano B”.
Se o Estado helénico entrar em incumprimento, os investidores deixariam de emprestar dinheiro aos países periféricos do euro e, nomeadamente, à Espanha e a Itália, que correm o risco de ser os próximos a pedir ajuda externa. Num cenário destes, a ideia da Alemanha seria disponibilizar àqueles países linhas de crédito, no âmbito do FEEF.
Além disso, o Governo alemão estará a estudar como cenário a eventual saída da Grécia do euro.
Já na sexta-feira o Governo alemão tinha encetado negociações secretas com os bancos e seguradoras do país, para encontrar a melhor forma de apoiar as instituições que detêm títulos de dívida pública grega.
Entretanto, o ministro da Economia alemão também admitiu a possibilidade de um default da Grécia.
Estas declarações e notícias surgem no dia em que a chanceler alemã Angela Merkel recebe à porta fechada, em Berlim, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, para debater a actual crise da dívida.
Para quem teimava e continua a insistir que a saída do euro será o fim do mundo, chegou o fim do mundo. A Alemanha ao desenhar dois cenários para a Grécia, a permanência no euro, ou o abandono da moeda única e aos desmenti-los, só vem confirmar, já que o plano A é o que está em vigor, logo…
E no caso da saída do euro e da volta à dracma, a dívida tem que ser paga em euros (para que quereriam dracmas?), sacando ao FEEF, para distribuir pelos (seus bancos), que se atravessaram e que convém que não fiquem sem “ele”…
A data do default (calote) já está mais, ou menos datada, apesar de os governantes gregos também desmentirem e terem avançado com mais medidas de austeridade, logicamente para acelerar o processo.
Entretanto, em vez de o presidente da Comissão Europeia convocar o Conselho da Europa, para Bruxelas, para debater a actual crise da dívida é a Sra. Merkel Rompuy que chama Durão Barroso (o ex PM português que não deu conta do recado aqui), a Berlim, para lhe dizer à porta fechada o que ele tem que fazer, ou não fazer, desmascarando publicamente a “honorabilidade” do cargo que desempenha e nos empenha.
E é isto a Europa dos cidadãos(?), em que nos querem manter e em que insistem ser o melhor a que nos podemos agarrar…
Entretanto, o FMI também anda a estudar os planos e a fazer desenhos…
E é o que nos espera, mas não façam do povo tão burro (de carga), durante muito tempo!

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