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sábado, 17 de setembro de 2011

Então há “negligências” e não há consequências?

O líder da oposição britânica, Ed Miliband, defendeu que os banqueiros que falhem devem ser excluídos da profissão, na véspera da apresentação de uma ambiciosa reforma para o setor.
"Os banqueiros dizem que o tempo para sentir remorsos é longo, mas não é suficiente. Eu acho que nada muda. Ninguém paga o que aconteceu e isso faz com que as pessoas se sintam revoltadas", afirmou o líder dos Trabalhistas.
Ed Miliband sugeriu a exclusão da profissão dos banqueiros que assumem riscos inaceitáveis ou que vendem indevidamente certos produtos aos seus clientes, da mesma forma que um médico pode ser suprimido da profissão médica caso cometa uma falha grave.
Claro que num tempo em que o surrealismo retórico superou a lógica, apoiada, obviamente, no “poder democrático”, poder esse que é ganho, absurdamente, à custa de promessas mentirosas, até parece que a sugestão (ainda não é, nem será decisão) apesar de lógica não tem pés para andar.
Presume-se pela notícia, que a Grã Bretanha está a mexer nas regras do setor bancário, esperemos que para defender “os mais desfavorecidos”, já que os grandes credores estão sempre defendidos pela grandeza das dívidas…
É novidade para mim saber que os banqueiros sentem remorsos e durante muito tempo, mas mesmo que fosse verdade não paga os prejuízos e tem que pagar, não porque as pessoas se sintam revoltadas (e põe em perigo a segurança da “realeza”), mas por mera questão de justiça, básica!
Não deve haver nenhuma profissão em que a NEGLIGÊNCIA no exercício da mesma não seja penalizada, quer pela própria associação profissional, quer pela entidade patronal respetiva, com processos e consequências. E neste aspeto a sugestão de Ed Miliband de excluir da profissão os banqueiros negligentes, só e notícia pela impunidade de que gozam, no meio de todas as vigarices que emergem em todo o mundo e também em Portugal, que em regra tem levado, não à exclusão, mas até à promoção desses “negligentes”. E como nas outras profissões, para além das consequências profissionais, ainda sobra a responsabilidade civil, que deve levar a um processo jurídico, condenatório e indemnizatório, da mesma forma que acontece a um médico, arquiteto, engenheiro, etc.! Pois claro!
Já sabemos que terão direito a uma cadeia de luxo, a uma pulseira eletrónica de marca, ou a companhias mais agradáveis do que a dos guardas prisionais, mas seria melhor que nada… Não sabemos é se haverá dinheiro para essas mordomias, por serem tantos e tamanhos os erros “por negligência” cometidos por esses profissionais. Outra alternativa seria obrigá-los a frequentar as Novas Oportunidades, mesmo as Novíssimas, que devem vir por aí, que ainda devem ser mais acessíveis…
Todo o crime merece castigo!

2 comentários:

  1. Os Trabalhistas lá e os PÊ Ésses cá... falam lindamente na Oposição!
    Quando chegam ao Governo são iguais aos que lá estavam!!
    Chama-se a isto a tal "3ª via", não é?!

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  2. Félix da Costa
    O problema é que a 3ª via foi inventada pelo Tony Blair, que acabou por confessar que bebia uns copos antes das grandes decisões e os amigos de cá e de todos os lados pensaram que ele falava a sério... Quilhámo-nos, como se diz aqui!

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