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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Um Nobel da Economia dá a cara contra precariedade!

O primeiro encontro do movimento espanhol 15-M, que dá voz aos trabalhadores precários espanhóis e aos indignados contra a crise, contou na segunda-feira com a visita surpresa do economista Joseph Sitglitz. O Prémio Nobel da Economia falou da necessidade de os governos regularem os mercados.
O economista norte-americano surpreendeu os apoiantes do movimento com a sua presença no Parque do Retiro, em Madrid, palco do primeiro encontro formal do 15-M, que há semanas ocupou as principais praças das grandes cidades espanholas, em protesto contra a falta de resposta governamental para as consequências da crise económica.
Sitglitz manifestou a sua simpatia para com a “energia” do movimento 15-M e defendeu a necessidade de uma maior regulação dos mercados. “A crise económica mostrou que os problemas actuais do capitalismo com mercados sem regulação. A experiência das três últimas décadas demonstra a necessidade de os governos terem um papel importante na regulação dos mercados”, afirmou o Nobel”.
Num discurso de 12 minutos, partilhado com o seu tradutor, o economista deixou um desejo à plateia: “vejo aqui uma energia reconfortante, espero que a useis de forma construtiva. Não se podem substituir as más ideias pela ausência de ideias. Temos é que trocá-las por boas ideias”.
Sitglitz defendeu que se tem que lutar para que as boas ideias “entrem no debate público”, o que exige “organização e liderança”. “Vai ser uma luta difícil porque as más ideias estão instaladas no discurso económico dominante, mas agora temos uma grande oportunidade para associar a ciência económica com o compromisso de justiça social e conseguir uma nova economia. Desejo-vos a melhor sorte”, afirmou na despedida.
Neste primeiro encontro formal do movimento, que durou todo o dia, participaram entre 200 e 300 pessoas. Houve vários temas em discussão, relacionados com política internacional, meio ambiente, educação, feminismo, democracia participativa, economia, cultura, saúde, temas sociais, entre outros.
Já era fã de Stiglitz e agora ainda mais pela coragem que demonstrou em defesa dos indignados e dos precários, dando a cara e a palavra, ao dizer contra o sistema:
“Vai ser uma luta difícil porque as más ideias estão instaladas no discurso económico dominante, mas agora temos uma grande oportunidade para associar a ciência económica com o compromisso de justiça social e conseguir uma nova economia.E os nossos “expertos” é que sabem…

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