Também queremos acreditar que são boas notícias para Portugal e para os portugueses, o que significará que as medidas de austeridade não precisam de ser tão austeras como foram anunciadas e que não será obrigatório apertar o cinto tanto quanto estava “determinado”. LOGICAMENTE!
Se os juros da dívida portuguesa, estupidamente altos, vão baixar, vamos poupar muito… LOGICAMENTE!
Se o prazo para o pagamento da “ajuda” vai ser prolongado, não vamos precisar de tanto dinheiro em cada ano como se pensava para honrar a dívida e podemos respirar mais um bocadinho… LOGICAMENTE!
Se o corte de 50% no subsídio de Natal não era uma medida necessária (segundo a troika) e apenas uma medida do governo como garantia para qualquer falhanço (tem dúvidas sobre a sua competência), alteradas as premissas a conclusão tem que ser diferente, ou não há corte, ou o corte tem que ser menor do 25% (mantendo-se a garantia para o governo)… LOGICAMENTE!
O professor catedrático da FEP entende que as conclusões são "uma boa notícia" e considera "importante frisar que, finalmente, os dirigentes da Zona Euro reconheceram que é necessário tomar medidas concretas e efetivas que relancem o crescimento económico, para além da consolidação orçamental".
Para ajudar ao raciocínio lógico feito em cima, temos ainda as medidas concretas e efetivas para relançar o crescimento económico, que nos renderão umas verbas para pagar mais depressa o que devemos… LOGICAMENTE!
O secretário-geral da CGTP considerou que a descida das taxas de juro implícitas à dívida pública constitui uma renegociação "encapotada" do plano de ajuda, e destacou o emprego, crescimento e distribuição de riqueza como chave para resolver os problemas nacionais.
Para o caso, o “capote” que puseram na renegociação, até nem nos interessa discutir, porque na prática o emprego deverá manter-se, ou diminuir e o crescimento é inevitável(?)!LOGICAMENTE!
Temos dúvidas é que a distribuição da riqueza venha a ser feita à moda do Porto, que é coisa cá do norte… LOGICAMENTE!
Os pagamentos do Estado em comissões às entidades estrangeiras com os quais assinou o programa de ajuda externa já superaram os 93 milhões de euros. Entre 24 de Maio e 29 de Junho, a troika já financiou Portugal em 20 mil milhões de euros.
Nesta factura de 93 milhões não estão ainda contabilizados os montantes que chegaram aos cofres do Estado em Junho (11,7 mil milhões de euros).
Com os quase 20 mil milhões de euros recebidos pela troika, a dívida directa do Estado aumentou 9%. No total, a dívida directa do Estado cresceu para 172,4 mil milhões em Junho, o equivalente a 99,8% do PIB português de 2010.
Mas, se os juros dos empréstimos baixarem e os prazos de pagamento vão ser alargados, o mesmo não acontece com as comissões dos empréstimos troikianos, que se mantem como antes e pelos vistos, em Junho, vamos totalizar 147,4 milhões de euros… LOGICAMENTE!
Mas, com as tranches já recebidas da troika, a dívida directa do Estado aumentou 9%, aumentando para 172,4 mil milhões em Junho, o equivalente a 99,8% do PIB português de 2010.
Espera aí! Então já temos uma dívida maior em money e em percentagem do PIB? Mas que LÓGICA é esta?
E ando eu a explicar ao meu neto o que é a LÓGICA e tenho agora que entrar com a estafada metáfora da BATATA… Desculpa lá, man!
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