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domingo, 17 de julho de 2011

Acreditamos num Nobel, ou nos nossos “expertos”?

Joseph Stiglitz
O prémio Nobel de Economia em 2001, Joseph Stiglitz, disse que a crise financeira que a Europa está a atravessar "não significa o fim do euro", mas sublinhou que isso está dependente da "vontade política".
Joseph Stiglitz referiu ainda que caso a Europa não assista e assegure os países em dificuldade, "então há o risco de o euro não sobreviver".
A revista "Foreign Policy Lusófona", afirmou igualmente que a estratégia da Europa - o aumento das medidas de austeridade - "não funcionará".
Europa precisa de estratégia de crescimento
"A austeridade leva à descida de receitas fiscais, gerando um défice em quase todos os níveis, que por sua vez leva ao descontentamento das pessoas", sublinhou o economista.
"A Europa precisa de descobrir uma estratégia de crescimento e não uma estratégia de austeridade e se o puderem fazer, então os problemas de défice serão resolvidos", frisou o Prémio Nobel de Economia 2001.
Joseph Stiglitz afirmou ainda que, as agências de notação financeira podem estar "a precipitar uma nova crise financeira", depois de se manifestar cético em relação às suas avaliações.
Para o Prémio Nobel, as agências de 'rating' têm dois problemas, o do modelo de negócio e o da capacidade técnica dos seus analistas. Sobre o modelo de negócio, considerou-o "ultrapassado", porque as agências "são pagas pelas pessoas a quem atribuem as classificações no sector privado", desta forma, acrescentou, "sentem-se obrigadas a dar melhores classificações às empresas de produtos bancários, por exemplo".
Avaliações sem "fundamento científico"
O ceticismo do economista estende-se à capacidade dos recursos humanos das agências de 'rating' de fazerem "avaliações credíveis" e afirmou que "normalmente as suas avaliações não têm qualquer fundamento científico".
Acrescentou ainda que "as agências de 'rating' têm um historial muito negativo em termos de notações, que têm sido fonte de instabilidade. Por exemplo, deram boas classificações às empresas de hipotecas [nos Estados Unidos], o que desempenhou um papel preponderante na crise financeira".
Sei lá! Começo a ficar confuso…
Andam os nossos “expertos” e responsáveis pelo nosso futuro negro a dizer que com a austeridade não tarda muito que até estamos ricos e vem agora este ignorante do Joseph E. Stiglitz dizer o contrário dos “inteligentes”? 
Então o homem diz que se a Europa não assistir e assegurar apoio aos países em dificuldade será o fim do euro? E insiste que o que a Europa precisa de descobrir é uma estratégia de crescimento e não uma estratégia de austeridade? Deve-se ter passado, porque deve ser o único a pensar e a dizer tais blasfémias macroeconómicas! E ainda põe a hipótese de andarmos todos à porrada...
 Alto! Há mais um português que diz o mesmo: “Quem desenhou este plano de resgate é um mau economista” e é o Freitas do Amaral.
E a propósito do trabalhinho das agências de 'rating', AGORA os “inteligentes” já estão de acordo com o desconhecido economista, quando ele lhes aponta dois problemas: a) o das avaliações serem pagas pelos seus clientes, atribuindo-lhes, obviamente, boas classificações; b) a incompetência dos seus técnicos/analistas, que não se baseiam em critérios científicos. Quer dizer, são uns vigaristas encartados…
Como já consta da História, também Stiglitz responsabiliza as 3 agências de notação americanas pelo despoletar da crise financeira, que se iniciou nos EUA e contagiou a Europa e o mundo.
Nota – Só quando li o livro de Stiglitz, A Globalização e seus Malefícios é que percebi o que era Economia, o que era a Economia, o que era o mundo financeiro, mas sobretudo que havia muitos caminhos e soluções para o mesmo problema (macroeconómico), se se tivesse em conta AS PESSOAS, ou não…

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