(per)Seguidores

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Não é um duplo problema, é um DILEMA e é nosso!

"Não tenho por líquido que esta iniciativa do BE vá conduzir à realização de eleições. Temos de aguardar para ver se não estamos perante uma jogada táctica." Foi desta forma que Luís Marques Mendes reagiu ao anúncio de uma moção de censura ao Governo pelos bloquistas. O ex-líder social-democrata diz que acredita, que a iniciativa cria um "duplo problema" ao PSD.
Segundo Marques Mendes, "votar uma moção do BE não é uma coisa brilhante". Além disso, acredita que "o PSD quer a queda do Governo", mas não é certo que este seja o melhor ‘timing’ para o partido. Uma certeza Marques Mendes tem: "Se a execução orçamental nos primeiros meses do ano for calamitosa ao nível do que aconteceu no ano anterior, o país não aguenta. Aí, dar mais uma oportunidade ao Governo é um tiro no pé", afirmou.

Os argumentos que MM apresenta contra a aprovação da Moção de Censura ao governo, não diferem em nada do que qualquer “opositor” apresenta, pelo que não me parece notícia, mas é preciso dar corda para o relógio andar… Mas quem ouve tem o direito de pensar por si e analisar sem facciosismo.
Vejamos:
Pondo de parte a presunção de MM dizer que votar uma moção do BE não é uma coisa brilhante, também não se tem visto grande brilhantismo nas posições do seu PSD, antes uma opacidade nos acordos de bastidores;
Se a Moção não vai conduzir à realização de eleições, é porque não vai ser aprovada e o PSD, ou vota contra, ou se abstém (de certeza absoluta);
MM desconfia que a Moção seja uma jogada tática (como se em política a tática não fosse a praxis);
E só é tática, porque para além de tentar travar as “soluções” até agora apresentadas (e aprovadas pelo PSD) expõe o PSD a mais um DILEMA e obriga-o a uma opção definidora das suas verdadeiras intenções;
E voltando à tática, desta vez do PSD (porque em política a tática é a praxis), que segundo MM o partido querendo a queda do Governo, talvez não seja esta a melhor altura (com o país a afundar-se e sem dinheiro);
E mais se nota a tática, quando MM diz que se a Moção não for aprovada e se deixar andar, corremos o risco de continuarmos com uma calamitosa execução orçamental, ao nível do que aconteceu no ano passado, ou seja, e nas suas palavras: “O país vai continuar da mesma maneira, ou seja, a não funcionar!”.
E isto é que é o dilema, sobre o qual têm que escolher, ficando sempre mal em qualquer das decisões.
Bem vistas as coisas, MM propõe que se deixe piorar a situação, que ele e todos os partidos da oposição reconhecem, apregoam e combatem, mas votar a favor da Moção(?) NÂO(!) porque agora não nos dá jeito… Ganda tática!
Curioso é que a maioria das notícias anunciam a lista dos sociais-democratas que estão contra e não nomeiam os que estão a favor… E há muitas razões para se fazer depressa, aquilo que ainda não foi feito.

RAZÕES PARA A CENSURA

Sem comentários:

Enviar um comentário