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sábado, 19 de fevereiro de 2011

ATLs na Escola Pública, com Licenciados de EVT

A Associação de Professores de Educação Visual e Tecnológica (APEVT) vai endereçar uma carta aberta ao PSD apelando a que este partido também se pronuncie contra o fim do par pedagógico naquela disciplina, uma medida já consagrada em decreto-lei, disse o presidente da APEVT, José Alberto Rodrigues.
Todos os outros partidos da oposição já requereram a apreciação parlamentar daquele diploma, que consagra também o fim da Área de Projecto e limita o Estudo Acompanhado a alunos com dificuldades. O parlamento tem poderes para alterar o diploma ou mesmo para votar pela cessação da sua vigência. O CDS/PP já indicou que a sua oposição se limita à redução de dois professores em sala de aula na disciplina de EVT, no 2.º ciclo. O PSD indicou que espera mais informações do Ministério da Educação para tomar posição sobre a reorganização curricular do ensino básico, que deverá entrar em vigor no próximo ano lectivo.
A APEVT esteve reunida cerca de 3 horas com o secretário de Estado da Educação, Alexandre Ventura, que se manteve “intransigente” quanto ao fim do par pedagógico, mas disponibilizou-se a iniciar um diálogo com a associação sobre o destino dos cerca de 7.000 professores de EVT que ficarão sem aulas para dar.
Na semana passada, tanto Ventura, como a ministra Isabel Alçada, garantiram que não haverá despedimentos e que estes docentes podem ser aproveitados pelas escolas noutros projectos. Mas não responderam ao que acontecerá aos cerca de 2.000 docentes desta disciplina que estão a contrato. O vínculo é anual.
Ou os partidos resolvem o assunto na Assembleia da República, ou o ME mantém a asneira, a visão mirolha do que é a Educação (e EVT) e a falsa promessa de há uma semana.
Mas, pelo andar da carruagem, Dupont e Dupont vão-se aliar mais uma vez, porque se não for agora o PS a fazer, terá que ser o PSd quando for governo e mais vale que os professores se virem contra o Ministério da Educação de Sócrates do que contra o do Coelho. Está na cara!
O que vão fazer aos 7.000 professores (5.000 do quadro + 2.000 contratados)? Os 2.000 é fácil, porque basta dizer que não são professores e são precários e vão para os Centros de Emprego. Os outros 5.000 vão preencher “ateliers de trabalhos manuais”, para manter os alunos na sala quando falta algum professor, vulgo “substituições”, isto porque com a saída para a reforma dos professores com maior redução lectiva, alguém tem que fazer esse serviço de babá, de preferência Licenciados, mas podem ser Mestres ou Doutorados. E quem sobra? Os excedentes de EVT…
Não tenho informações, é só um palpite, mas com hipóteses de se confirmar, aí com 99%...
À falta de dignidade dos parlamentares e governantes, reduz-se a dignidade dos outros…

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