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sexta-feira, 13 de junho de 2014

Quem semeou ventos sabia que (o povo) ia colher tempestades

O chefe da ONU pediu que "sejam respeitadas as leis humanitárias internacionais e os direitos humanos nas ações para combater a violência e o terrorismo no Iraque", completou o porta-voz.
Além disso, Ban "condena fortemente o aumento da violência de grupos terroristas no Iraque, como o Estado Islâmico no Iraque e no Levante (Eiil), que assumiu o controlo de Mossul, Tuz Khurmatu, Baiji e Tikrit".
"O terrorismo não tem o direito de romper o caminho para a democracia traçado pela vontade do povo iraquiano", frisou.
De acordo com a ONU, mais de 8.860 pessoas foram mortas no Iraque em 2013 - o maior número desde o auge das insurgências no país entre 2006 e 2008. Até agora, este ano, mais de 4.700 pessoas foram mortas em ataques, muitas delas em Anbar.
O governo perdeu o controlo de grandes partes do oeste e do norte do Iraque, com o ISIS explorando a disputa entre o governo e a minoria sunita, que consideram que Maliki monopoliza o poder e os persegue com prisões em massa em nome do combate ao terrorismo.
Apesar desta oposição política e armada ao governo, e a sua incapacidade de expulsar os militantes de Anbar, a coligação formada por Maliki conquistou a maior parte dos assentos no Parlamento nas eleições de abril.
Militantes islamitas no Iraque tomaram mais 2 cidades, aumentando as áreas sobre o seu controlo no país e intensificando os temores de uma ofensiva contra Bagdad.
Os islamitas sunitas do Estado Islâmico do Iraque e Levante (ISIS, na sigla em inglês) ocuparam Saadiya e Jalawla na província de Diyala. As forças de segurança do governo abandonaram suas bases na região.
O ISIS já havia ocupado anteriormente as cidades de Mosul e Tikrit. Analistas temem que os insurgentes islamitas sunitas estejam a deslocar rumo ao sul, em direção a Bagdad e outras áreas controladas pela maioria xiita, que os militantes sunitas veem como "infiéis". O grupo pode almejar a criação de um emirado islamita na região, unindo partes do Iraque e da Síria que estão sob o seu comando.
A ascensão do ISIS poderia provocar um conflito tanto com o governo xiita do primeiro-ministro iraquiano, Nouri Maliki, como com o Irão, país também governado por uma maioria xiita.
O governo dos Estados Unidos disse estar a considerar "todas as opções" contra os insurgentes sunitas - sem descartar a possibilidade de envio de tropas ao Iraque.
O porta-voz do Estado Islâmico disse que o grupo tem contas antigas para acertar com o governo do primeiro-ministro Nouri al-Maliki em Bagdad. O líder iraquiano, um xiita, tenta manter-se no poder depois de eleições indefinidas em abril. "Marcharemos sobre Bagdad porque temos lá contas a acertar", disse conclamando os seus seguidores num áudio divulgado em sites normalmente usados pelo grupo.
O secretário de Estado americano, John Kerry, disse neste sábado que os Estados Unidos vão ajudar o Iraque "no que for possível" a lutar contra a Al-Qaeda, mas descartou que tropas americanas voltem a pisar no país árabe.
Pelo que se vai sabendo (na imprensa brasileira) o regime “democrático” implementado à força no Iraque, e sem autorização da ONU, é agora preocupação do seu chefe, quando antes nada fez para impedir a guerra, que teve como consequência direta, a morte de milhares de militares invasores e centenas de milhares de civis iraquianos, sem contar com os feridos e estropiados. Até dá vontade de pensar e dizer: o que são mais 8.860 comparado com o total das vítimas?
Só quem é inocente, nerd ou mal-intencionado poderia pensar no sucesso(?) de tal operação bélica e que fosse à força que se constrói uma democracia, que é exatamente o contrário de tal metodologia… Só interesses obscuros justificariam a invasão ou a demência de quem sonhou e desenhou tal projeto.
Semearam ventos e agora quem colhe as tempestades é o povo anónimo e inocente, como consta de todas as guerras…
Entretanto, depois da retirada acelerada das tropas estrangeiras, teria que recomeçar a luta fratricida, pelas mesmas razões que estiveram(?) na origem da intervenção, fosse de ordem étnica, religiosa, estratégica, económica ou política…
Agora, quem ficou, que se amanhe, porque a comunidade internacional só lhe promete solidariedade, mas não mais apoio militar, que não serviria para nada, ou melhor, serviria para piorar a situação e adiar a solução do que não tem outra solução…
Como em tudo, nos dias que correm, somos todos levados na conversa de alguns líderes megalómanos, que se travestem de falcões e senhores do mundo, como se houvesse donos do nosso mundo e da soberania das nossas nações…
E agora? Não há punição para os conhecidos infratores do direito internacional: George W. Bush, Tony Blair, José Maria Aznar e Durão Barroso e uns tanto mais?
Parabéns a todos por tão altos benefícios que trouxeram à humanidade e que Deus/Alá lhes perdoe!

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