(per)Seguidores

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Depois das europeias, lá veio a fatura, e o Bill diz para não pagar

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble, admitiu a hipótese de um 3.º plano de assistência à Grécia, num valor inferior a 10.000 milhões de euros. "É possível que a Grécia tenha um novo plano de assistência, num montante limitado", declarou o ministro conservador. "Seria um valor significativamente mais baixo do que os 2 primeiros programas", menos de 10 mil milhões de euros, precisou.
Atenas está sob supervisão financeira dos parceiros europeus e do Fundo Monetário Internacional (FMI) desde 2010, sob a forma de 2 planos de assistência sucessivos, que representam um empréstimo de 240.000 milhões de euros em troca de profundas reformas e cortes orçamentais que asfixiaram a economia do país, escreveu a France Presse.
O Governo grego, que anunciou recentemente progressos encorajadores no estado das contas públicas, gostaria de dispensar um 3.º plano de assistência, sinónimo de novas restrições impostas pela "troika".
A hipótese de um 3.º plano, que surgiu no ano passado, nomeadamente durante a campanha eleitoral para as legislativas alemãs, não tem estado na atualidade nos últimos meses, em benefício de um cenário de alívio da dívida.
Mas a opção de uma reestruturação da dívida, que significaria perdas para os credores de Atenas, nomeadamente os bancos alemães, é mal vista em Berlim. Os responsáveis europeus devem abordar a questão este verão, antes do fim do segundo plano, que termina no final de 2014.
O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, admitiu que "É evidente que a probabilidade de um 2.º resgate existe se perdermos acesso ao mercado e isso só acontece se perdermos a confiança do mercado", afirmou.
Eu bem avisei (e não sou o Cavaco), que logo após as Eleições Europeias para o PE, os milagres anunciados, o nosso e o da Grécia, se esboroariam como estátuas de areia… Et voilà!
Tendo em conta o grande vencedor, a abstenção, o contra-ataque revelou-se mais depressa, dando “coragem” aos especuladores de acelerarem o processo de recuperação do “malparado”, estando já decidido em relação à Grécia, em favor dos bancos alemães (claro!) e com a ameaça a um 2.º resgate para Portugal (limpinho!), se não nos portarmos bem, ou seja, se não pagarmos as dívidas dos “nossos” bancos…
E quem nos avisa, nosso credor é!
Já sobre Clinton, 2 coisas a destacar:
Primeiro, o pedido de desculpas e a confissão, mais uma, dizendo com todas as letras o nome do responsável pela crise, o Lehman Brothers, que acabou por estender o “vírus” por toda a banca, mundialmente, e os contribuintes a pagar a conta, embora os EUA tivessem recuperado quase todo o montante da fraude…
Segundo, a adesão de Bill à tese dos 74 nacionais e dos 70 internacionais, que defendem a reestruturação da nossa (da banca e empresas) dívida, constando até que, por isso, o consideram simpatizante do PC e do BE…
Quem vê o jogo de fora, vê mesmo muito melhor!
O antigo presidente dos Estados Unidos defendeu ontem em Lisboa que Portugal deve reestruturar a sua dívida de modo a torná-la sustentável.
Bill Clinton, aplaudido de pé quando entrou na tenda montada na Universidade Europeia, e perante uma plateia onde não faltaram ministros, presidentes de bancos e empresas e líderes partidários, falou de um mundo cada vez mais interdependente, onde as decisões tomadas por cada governo têm consequências nos outros, começando por pedir desculpa, enquanto norte-americano, pela falência do Lehman Brothers e pelo colapso que provocou no sistema financeiro mundial. "O colapso do banco teve repercussões em todos os países e traduziu-se na perda de 34.000.000 de empregos. Foi mau para a zona euro e particularmente difícil para Portugal, Espanha, e Irlanda, porque todos gostamos de ter dinheiro emprestado, mas ninguém gosta de pagar", disse.

Sem comentários:

Enviar um comentário