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quarta-feira, 14 de maio de 2014

Sublinhando a denúncia da prática conspirativa na crise (II)

É incorrecta a narrativa que os alemães contaram a si próprios de que a crise do euro teve a ver com o Sul a querer levar o dinheiro deles, diz Philippe Legrain, ex-conselheiro de Durão Barroso.
Isabel Arriaga e Cunha: Quando diz que os Governos e instituições estavam dominados pelos bancos quer dizer o quê?
Philippe Legrain: Quero dizer que os Governos puseram os interesses dos bancos à frente dos interesses dos cidadãos. Por várias razões. Em alguns casos, porque os Governos identificam os bancos como campeões nacionais bons para os países. Em outros casos tem a ver com ligações financeiras. Muitos políticos seniores ou trabalharam para bancos antes, ou esperam trabalhar para bancos depois. Há uma relação quase corrupta entre bancos e políticos.
No meu livro defendo que quando uma pessoa tem a tutela de uma instituição, não pode ser autorizada a trabalhar para ela depois.

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