A Comissão Europeia advertiu, esta sexta-feira, Portugal de que não haverá "complacência" no pós-troika, tendo que ser mantidas nos próximos meses e anos as políticas orçamentais sólidas e assegurado o compromisso com reformas que estimulem o crescimento.
"Depois da Irlanda e da Espanha, Portugal é o 3.º país da zona euro a sair com sucesso do seu programa de assistência. Apesar de ser um motivo para celebração, não é razão para complacência", anunciou o comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros, Siim Kallas, em comunicado. "Para se chegar a uma recuperação mais robusta e fazer baixar o ainda inaceitavelmente alto nível de desemprego, será essencial manter um compromisso inabalável com políticas orçamentais sólidas e que favoreçam as reformas estimuladoras do crescimento nos próximos meses e anos", adiantou o comissário.
Bruxelas salientou ainda ter ficado "ao lado de Portugal durante a crise" e o comunicado destaca que o executivo comunitário "continuará a apoiar e a encorajar os esforços que Portugal continua a fazer para construir uma base económica mais sólida para o futuro dos cidadãos".
O Programa de Assistência Económica e Financeira termina este sábado, no dia em que se cumprem 3 anos da assinatura do memorando inicial pelo governo socialista de José Sócrates (e pelos partidos: PSD e CDS) com os credores internacionais.
Pondo de parte as ameaças e a ingerência de uma Comissão Europeia não escrutinada, só se pode concluir que está a fazer ameaças e a ingerir-se onde a única jurisdição que tem é a de parceiros da troika, em representação dos credores…
A primeira ameaça é a de termos de continuar, nos próximos meses e anos, as políticas orçamentais sólidas (de austeridade) para assegurar o compromisso com reformas (cortes roubos) que estimulem o crescimento, que foi exatamente o que não aconteceu até agora…
E quem vem dizer estas coisas não é o Presidente da Comissão Europeia e candidato a Presidente da nossa República, Durão Barroso, para não se queimar, mandando o recado pelo atual Comissário para os Assuntos Administrativos, Auditoria e Antifraude na Comissão Europeia, um dos seus 5 vice-presidentes, Siim Kallas… No entanto, não se esqueceu de salientar que a CE esteve sempre ao lado de Portugal (embora estivesse sempre ao lado do governo) durante a crise e garante, agora, que continuará a apoiar e a encorajar os esforços (cortes) que (o governo de) Portugal continuará a fazer para construir uma base económica mais sólida para o futuro dos cidadãos. Dos CIDADÃOS?
Esta tática, badalhoca, que ainda por cima vem falar de “sucesso do programa de assistência”, que foi um falhanço, só tem a ver tem a ver com a lavagem dos péssimos resultados, formatando-nos para as eleições europeias do próximo 25 de maio e com as presidenciais portuguesas, embora só em 2016…
E enquanto o sr. Siim Kallas, vem falar para dizer Nãão, Durão Barroso Kalla-se, para nós dizemos Siim…
Olho vivo!
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