Não vão ser apenas personalidades de esquerda que no dia 21 de Novembro vão estar na Aula Magna "em defesa da Constituição e do Estado Social". Ao lado de Mário Soares, Manuel Alegre e restantes promotores, vão estar personalidades como Freitas do Amaral, fundador e primeiro líder do CDS, e os sociais-democratas Pacheco Pereira (alto dirigente no tempo em que o partido era liderado por Cavaco Silva) e António Capucho, ex-ministro, ex-conselheiro de Estado e ex-presidente da Câmara de Cascais.
"A sessão está aberta a toda a gente, seja de direita, seja de esquerda, que queira defender a Constituição e o Estado Social que o governo está a destruir, do ensino à saúde e à segurança social", disse o ex-presidente da República.
Mas a Aula Magna vai contar também com a presença do general Pinto Ramalho, antigo chefe do Estado-Maior do Exército, bem como do bispo D. Januário Torgal Ferreira, de Frei Bento Domingues, de Alfredo Bruto da Costa, do reitor da Universidade de Coimbra João Gabriel da Silva, de Carlos do Carmo, do comunista Ruben de Carvalho, de Maria do Rosário Gama - fundadora da APRe, Associação de Pensionistas e Reformados e de Helena Roseta, presidente da Assembleia Municipal de Lisboa.
Desta vez, ao contrário do que aconteceu no 1.º encontro promovido por Soares, o PS vai fazer-se representar ao mais alto nível - se a presença do secretário-geral António José Seguro não é certa, está confirmada a participação de Alberto Martins, líder parlamentar do PS e membro do secretariado nacional do partido.
O líder da UGT, Carlos Silva, vai também marcar presença na Aula Magna e a CGTP também se fará representar por um membro da direcção. Alberto Costa será outros dos socialistas presentes, assim como a eurodeputada do Bloco de Esquerda Marisa Matias.
Mário Soares voltou ontem a traçar um quadro negro da actual situação política e social, sublinhando que o descontentamento pode conduzir a uma situação de revolta. "O povo está desesperado", afirmou.
O histórico socialista reiterou que o governo liderado por Pedro Passos Coelho deve perceber que "se isto não vai a bem, vai a mal", temendo que seja inclusive com violência. "Toda a gente está revoltada", advertiu Soares.
Só quem for tolo ou se fizer ou fizer dos outros é que pode pensar e propalar que a Constituição de um país democrático é de esquerda ou de direita, ou seja, que defende mais ou menos privilégios para uns do que para outros. Tal, só pode acontecer numa ditadura, como todos sabemos, se não nos fizerem de tolos.
Os valores gravados nos direitos constitucionais são universais e fruto de políticos eleitos por todos os cidadãos (votantes), em determinado tempo, por tempo determinado e revistos por políticos eleitos por todos os cidadãos (votantes), segundo regras estabelecidas na própria Constituição. Simples!
O querer alterar, na praxis, a lei fundamental fora das regras estabelecidas, através de medidas contrárias ao prescrito até ao facto consumado, mais não é do que um golpe palaciano, mais conhecido por “chico-espertismo”, a que os políticos da oposição, simples cidadãos cientes dos seus direitos tem a obrigação de estar atentos e defender de todas as formas e feitios os direitos fundamentais…
E por isso, é estranho que se estranhe esta “aliança” de cidadãos/políticos, de várias matrizes partidárias, mas não da sociologia política, quando constatam as frequentes, propositadas e ilegítimas tentativas de coartar direitos constitucionais, em nome de uma política económico-financeira, que nos quer conduzir para um objetivo ideológico não sufragado, ao qual se opõem estes cidadãos e mais uns milhões, apenas porque são democratas e querem ver cumpridas as regras da democracia…
Quando Ortega y Gasset dizia que "O homem é ele e as suas circunstâncias", não pode ser interpretado como “As circunstâncias são elas que fazem (a)o homem” muito menos as sociedades…
O livre arbítrio é um direito vital e vitalizador do nosso presente e do nosso futuro!
pelos vistos quando pedia que aconselhassem a calar o pai da democracia para não enxovalhar a sua imagem passada estava errado; afinal os adeptos do que ele diz são muitos e de peso. As minhas reservas são como explicar que não havendo dinheiro para pagar as despesas correntes( e bem ou mal grande contribuinte foram os actos dos que acompanham o paizinho) se justifica estas posições de fuga para a frente? quem é que vai edntrar como dinheiro? é que já não estamos em 1983 em que mais umas horas extras do BP e está tudo resolvido!! Não haver cortes? nao haver redução da escola publica?não haver desemprego? atéeu que sou um grande demagogo reivindico isso. não admira que gente seria e+mente o desejem ardentemente.
ResponderEliminarO António Cristóvão já viu as contas do Estado para dizer que não há dinheiro? Uns dizem que não, outros dizem que sim. Dizem... Mas não há dinheiro par quê? Não me diga que está disposto a pagar impostos sem ter nada em troca...
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