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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Anda tudo por Portas travessas…

O Governo está disposto a estudar as alterações propostas pelos partidos da oposição ao Orçamento do Estado para o próximo ano, mas avisa que qualquer alteração terá que corresponder aos objetivos de "equilíbrio orçamental" e "sustentabilidade das finanças públicas", disse a ministra das Finanças, admitindo que o programa de ajustamento se prolongará além de 2014.
André Cabrita Mendes
“Sempre esteve claro que o ajustamento teria de prolongar-se além dos 3 anos definidos no memorando, devido aos bloqueios estruturais. Os desequilíbrios mais prementes estão corrigidos e as condições de acesso ao mercado estão melhores, mas ainda é necessário consolidar os progressos e ir mais além no processo de ajustamento sem a protecção do financiamento oficial”, referiu Maria Luís Albuquerque.
"O Governo apresentou uma proposta de exigência e de responsabilidade porque estes são os princípios que se impõem ao sistema político num momento tão crítico e são estes os princípios que deverão constar das alterações sugeridas pelos partidos políticos no âmbito da discussão na Assembleia da República", afirmou ainda a ministra. "Propostas que o Governo recebe com abertura, mas que terão de preservar os objetivos essenciais do Orçamento para 2014", sublinhou.
Para o Executivo, "é tempo de analisar o passado e garantir que os erros não são repetidos, é tempo de pensar o futuro e assegurar que os interesses do país são defendidos." A ministra destacou que o Orçamento do Estado para 2014 "contém, por um lado, as medidas necessárias para avançar na consolidação orçamental e cumprir as condições acordadas constituindo mais uma prova na determinação de fechar o programa de ajustamento no tempo previsto e recuperar gradualmente a autonomia financeira do país".
"Por outro lado, incide essencialmente num ajustamento permanente e pela via da redução da despesa atestando que os verdadeiros compromissos são o equilíbrio orçamental e a sustentabilidade das finanças públicas sem comprometer os sinais de recuperação económica que têm sido obtidos", reforçou.
Gaspar era direto, sem punhos de renda nos cortes das rendas…
Passos diz nas entrelinhas o que lhe sai nos improvisos…
Maria Luís embrulha em papéis coloridos os presentes venenosos que nos oferece…
Como é que a ministra dos swaps tem a lata de dizer que sempre esteve claro que o ajustamento teria de prolongar-se além dos 3 anos definidos no memorando (que está definido no memorando), mesmo depois de o seu vice se fartar de dizer que a troika está a fazer as trouxas e que a data já está marcada? Porque para ela há progressos e é preciso ir para além no processo de ajustamento, como tem acontecido? Então onde estão os progressos?
E para tal, abre-se a alterações de quem quer que venham, desde que não mexam no essencial (para ela) do OE2014. Isto ainda é o eco de Gaspar…
Mas quando diz que é tempo de analisar o passado e garantir que não se repitam os erros (deles), devia fazer o que Gaspar fez, demitindo-se, para se pensar o futuro que assegure os interesses do país, que só podem ser os interesses dos cidadãos.
Para envenenar mais as coisas, vem falar num ajustamento permanente, os tais cortes (não temporários) de que falava Teodora, e pela redução da despesa, ou seja, cortar ainda mais nos salários da Função Pública e nas reformas…
Mas… Maria Luís vem logo (contra)dizer que o OE2014 tem as medidas para se chegar à consolidação orçamental, cumprir-se o que foi acordado, para os credores acreditarem que o programa de ajustamento vai acabar no tempo previsto. E o tempo previsto não são os 3 anos?
Então como é que o ajustamento vai além dos 3 anos definidos no memorando?
Afinal é um memorando ou um post it?
Andam todos por Portas travessas…

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