A empresa responsável pela central nuclear de Fukushima deu o primeiro passo no longo e perigoso processo de desativação da instalação, extraindo um bastão de combustível do seu recipiente para posterior remoção.
A Tepco disse ter transferido o bastão para uma caixa de aço dentro da mesma piscina de arrefecimento no edifício altamente danificado em que fica o reator, dando início ao delicado procedimento sem precedentes de remoção das 400 toneladas de combustível usado altamente radioativo de dentro do reator.
Enquanto combate o vazamento de água contaminada com radiação ao redor da central, a Tepco focaliza-se na desativação de 4 reatores na planta de Fukushima Daiichi. A tarefa pode levar décadas (cerca de 40 anos) e custar dezenas de milhares de milhões de dólares.
A retirada dos bastões é urgente porque estão localizados a 18 metros de altura do solo, num edifício tombado e escorado que pode ruir se for atingido por um novo tremor de terra. Caso os bastões sejam expostos ao ar ou quebrarem, grandes quantidades de gases radioativos podem ser libertados na atmosfera. Há entre 50 e 70 bastões em cada recipiente, pesando em torno de 300 kg e medindo 4,5 metros de comprimento cada.
A Companhia de Energia Elétrica de Tóquio (Tepco), operadora da central nuclear Fukushima, está a considerar cortar cerca de 1.000 postos de trabalho através da reforma voluntária no ano fiscal de 2014, reduzindo a sua força de trabalho em 3.600, ficando com 36.000 no total até ao fim do ano fiscal de 2013.
Os últimos exames médicos detectaram 26 casos de crianças com cancro da tiroide na cidade de Fukushima, no Japão, embora seja cedo para saber se estão relacionados com a crise nuclear.
O comité encarregado de realizar os testes regulares em Fukushima analisou, desde outubro de 2011 até o momento, cerca de 226.000 moradores na região.
Além dos casos de cancro da tiroide já diagnosticados, outros 32 menores de idade da cidade apresentaram sintomas da doença. O número é superior ao apresentado em agosto, quando o estudo detectou 18 casos de crianças diagnosticadas com a doença e outros 25 casos suspeitos.
Um grupo de especialistas locais disse que é breve demais para determinar que estes casos estejam ligados à catástrofe nuclear, visto que o cancro da tiroide se desenvolve com "grande lentidão".
O iodo radioativo tende a acumular-se nas glândulas tiroides provocando a doença, que afeta especialmente crianças pequenas. O número de crianças afetadas por câncer de tireoide entre os 10 e 14 anos em Fukushima é consideravelmente maior que o da média do país, embora esses dados não sejam facilmente comparáveis porque não foi feito nenhum estudo tão exaustivo em outras áreas do Japão.
Após o desastre de Chernobyl foram diagnosticados mais de 6.000 casos de crianças com cancro da tiroide, atribuído principalmente ao consumo de leite contaminado, de acordo com o Comité Científico das Nações Unidas.
Para além de todos os gastos já feitos e não contabilizados, acrescente-se os perigos potenciais, as mortes, as doenças cancerosas, os gastos astronómicos do desmantelamento, os despedimentos, etc…
Já sabemos que estas minudências não entram nos estudos económicos dos custos da energia nuclear com que nos querem convencer que é a mais barata…
Barata era a minha tia e já se foi…
muito bem focado. Os mistificadores e hipocritas profissionais falam sempre na não perigosidade do nuclear escondendo como é cara, talvez a mais cara. Escondem todas as rendas que deviam ser pagas de todas a areas contaminadas e que julgo pelo menos durante vinte anos, alem das despesas com a agora "descontaminação"(isto porque suspeito que é mais uma mistificação para o publico) e guarda dos residuos para sempre em lugar e com segurança permanente. Não vale a pena por mais na carta; só com estes custos ate agora a Tepco só não faliu porque o povo(espero que só o japones,pois nós já temos as PPPs e BPN) vão entrar que nem uns leoes para a tal energia -barata-.
ResponderEliminarEspero que se tenha presente que a tanga da segurança é paleio para enganar tolos.Opreço é que torna inviavel eenganoso qualquer energia nuclear por enquanto
Estamos de acordo! Realmente o governo japonês já disponibilizou muitos milhões dos contribuintes para a ajudar a Tepco, que indemnizou baratinho as vidas e os bens dos cidadãos atingidos...
ResponderEliminarPor isso é que é barata!