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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Porque quem se sente (espiado) é filho de boa gente!

A presidenta Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira (24), durante discurso de abertura da 68ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, o estabelecimento de um marco civil multilateral para a governança e uso da internet e de medidas que garantam uma efetiva proteção dos dados.
Dilma afirmou que as recentes revelações sobre as atividades de uma rede global de espionagem eletrónica provocaram indignação e repúdio em amplos setores da opinião pública mundial. No Brasil, a situação foi ainda mais grave, pois dados pessoais de cidadãos e da própria presidenta da República foram indiscriminadamente objeto de intercetação.
“Lutei contra o arbítrio e a censura e não posso deixar de defender de modo intransigente o direito à privacidade dos indivíduos e à soberania do meu país. Sem ele – direito à privacidade – não há verdadeira liberdade de expressão e opinião e, portanto, não há efetiva democracia. Sem respeito pela soberania, não há base para o relacionamento entre as nações”, disse.
Para a presidente, este é o momento de se criar as condições para evitar que o espaço cibernético seja instrumentalizado como arma de guerra, através da espionagem, da sabotagem, dos ataques contra sistemas e infraestrutura de outros países. Segundo Dilma, a ONU deve desempenhar um papel de liderança no esforço de regular o comportamento dos Estados frente a essas tecnologias.
No discurso, a presidenta afirmou que não se sustentam os argumentos de que a intercetação ilegal de informações e dados se destina a proteger as nações contra o terrorismo, pois o Brasil é um país democrático que repudia, combate e não dá abrigo a grupos terroristas. Disse ainda que o Brasil “redobrará os esforços para se dotar de legislação, tecnologias e mecanismos que nos protejam da intercetação ilegal de comunicações e dados”.
“Fizemos saber ao governo norte-americano o nosso protesto, exigindo explicações, desculpas e garantias de que tais procedimentos não se repetirão. Governos e sociedades amigos, que buscam consolidar uma parceria efetivamente estratégica, como é o nosso caso, não podem permitir que ações ilegais, recorrentes, tenham curso como se fossem normais. Elas são inadmissíveis”, disse.
O discurso de Dilma antecedeu o do presidente norte-americano, Barack Obama.

Saiba-se lá porquê, mas em Portugal, onde fomos e somos espiolhados na mesma e pelos mesmos, ninguém se sentiu com tal abuso ilegal, como não se sente em relação a tanto abuso ilegítimo, intramuros…
Bem sabemos que somos de paz e por o sermos, nos fazem o que lhes dá na gana, sem respeito e com o nosso despeito…
Valha-nos a Presidenta!
Na ONU, Dilma diz que a espionagem dos EUA é 'afronta' (Discurso completo)

Para especialistas, vigilância sistemática faz parte da necessidade americana de controlar setor estratégico. Washington estaria de olho em como o Brasil supera os principais obstáculos da complicada exploração do pré-sal.
Para especialistas, por trás da vigilância contínua estaria não uma busca direta por tecnologia, mas um interesse em monitorar o setor petrolífero brasileiro e uma necessidade de controlar. "A Petrobras pode ter tecnologias que as companhias americanas não têm, e isso pode ser uma razão para espionar, mas não acredito que seja o foco principal do governo americano", afirma James Natland, especialista em geologia marinha da Universidade de Miami. "O setor energético tem, sim, uma coisa que interessaria muito aos americanos: petróleo, muito petróleo."

2 comentários:

  1. Muita admiração(sem surpresa-só continuaçaõ) que o MNE não secunde e amplie este bofetão publico que tanto alemaes como brasileiros dão nos criminosos ingleses/EUA. Com contenção propria mas sem assobiar para o ar como fazem os capachos ibericos. A promessa de autonomia na web de alemaes e brasileiros pode trazer novidades interessantes. Se nãoforem blogs os media ficam pelas telenovelas.Triste

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    1. O nosso MNE? E credibilidade? Portugal também pediu informações sobre cidadãos...
      Quanto às propostas, a da Alemanha é hipócrita, porque usou o sistema e a do Brasil, vai ficar por aí, porque o Congresso americano permitiu a continuação da ilegalidade (para nós), porque se julgam donos do mundo... É o chamado "direito internacional"!

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