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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Mudar o discurso (a pedido) para “nos dar a volta”…

4 dias depois de ter assustado o País com a ameaça de um 2.º resgate, o presidente do PSD e primeiro-ministro diz agora que o Governo "está a livrar Portugal deste susto grande em que caímos", afirmou Passos, que pareceu responder assim ao apelo de Cavaco Silva, que ontem pediu aos políticos que reforcem o discurso sobre crescimento económico, e alinhando o seu tom com aquele que o líder centrista, Paulo Portas, tem feito nesta campanha.
O líder social-democrata defendeu que a "recuperação económica" acontecerá nos próximos trimestres. "No 2.º trimestre, é oficial, a nossa economia cresceu e foi mesmo aquela que cresceu mais nesse trimestre no espaço europeu. Os dados que vamos tendo deste 3.º trimestre são positivos também. Aliado aos dados sobre o turismo e sobre as exportações, isso significa que a nossa economia está a dar a volta", resumiu Passos.
O valor absoluto da economia paralela em Portugal no ano passado é estimado em 44.000 milhões de euros, o que representa pouco mais de metade do empréstimo da ‘troika’.
Os dados foram apresentados esta manhã pelo Observatório de Economia e Gestão de Fraude da Faculdade de Economia da Universidade do Porto.
Os responsáveis por este índice de economia paralela consideram que o controlo exercido pelas autoridades está mal direcionado e devia incidir sobre as grandes empresas.
A crise económica acabou e a França vai registar uma aceleração do crescimento e criar emprego em 2014. Esta é a opinião expressa pelo governo francês, durante a apresentação da proposta de Orçamento para o ano que vem. Analistas dizem que a retoma ainda está longe.
Contra uma realidade cada vez mais negra na área da economia, analisada e publicitada por instituições internacionais, desde as agências de rating (com os devidos descontos) que nos querem atirar para baixo do caixote de “lixo”, FMI, BCE e Eurozona até especialistas de renome e jornais estrangeiros especializados, o nosso Presidente da República (com honestidade, concedo) veio sugerir aos políticos que anunciassem medidas de crescimento económico, o que foi entendido pelo “nosso” Primeiro-ministro como tática e para falarem, por falarem e insistentemente, nesse tópico. E assim fez e fará até às 24 horas de 6.ª…
Curiosamente, o governo francês também seguiu o conselho de Cavaco Silva, embora as medidas que lá chamam de austeridade, cá seriam verdadeiras medidas para o crescimento… É a relatividade, meu!
Mas mesmo aceitando como rigorosos os indicadores dos 2 trimestres correspondentes às férias, ninguém de boa-fé usaria esse argumento, sem o colar à sazonalidade, que acontece invariavelmente todos os anos nesta estação. Daí que só com o resultado do outono (o 4.º trimestre) poderemos saber O resultado definitivo e real de 2013. Até lá, é pura especulação eleitoral e falar por falar…
Que medidas de crescimento estão anunciadas?
Mais cortes nos salários e pensões? Mais impostos? Maior taxa do défice? Mais um 2.º resgate? O perdão parcial da dívida? A saída do Euro? Mais privatizações?
E afinal, todos estes riscos que nos querem fazer correr, seriam desnecessários, se o Estado fosse competente e resiliente na cobrança de impostos, como diz o OBEGEF da FEUP, não pela perseguição aos proprietários dos “cafés e leitarias”, mas aos grandes tubarões com informação privilegiada, que branqueiam capitais, que criam empresas fantasma ou se aproveitam de situações de dupla tributação…
E nem falam (porque não se enquadra no objeto do estudo) nas PPP, nos swaps, nas rendas excessivas, nas Fundações e Institutos, etc., onde há muito a retificar, fazendo cortes eticamente justos, mesmo que através da Justiça.
E se assim não for, Passos Coelho o que está a fazer é a tentar “dar-nos a volta”, que nos sairá cara a partir de 1 de outubro (Dia Europeu da Depressão) e que lhe sairá cara a ele e “sus muchachos”, o mais tardar em 2015, se ainda não tiver sido cortado da política e reformado compulsivamente…
Austeridade? Sim! Mas à mentira e ao engodo… Já chega!

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