(per)Seguidores

domingo, 22 de setembro de 2013

Ouçam o que digo, não olhem o que não faço (pago)…

O presidente da EDP acredita que o Tribunal Constitucional pode forçar um 2.º resgate a Portugal e defende que os juízes do palácio de Ratton deveriam ter tido em consideração a actual conjuntura quando chumbaram algumas das medidas do Governo.
E avisa, por isso, que, da próxima vez que os juízes forem chamados a pronunciar-se sobre leis de grande impacto nas contas públicas, devem ter em conta o contexto que o país vive. “Portugal irá conseguir acesso aos mercados. Mas, para isso, é decisivo que não se passem algumas decisões, como houve, do Tribunal Constitucional. Acho que foram decisões complicadas que, no fundo, não têm em consideração o contexto”, insistiu, sublinhando que os direitos devem ser olhados “em função da capacidade da economia se financiar”.
A Comissão Europeia abriu um inquérito aprofundado a concessões sobre recursos hídricos à EDP para a produção de eletricidade, para determinar se o preço pago em 2007 pelo operador português respeitou as regras comunitárias de auxílios estatais.
O executivo de Bruxelas aponta que, com base nas informações disponíveis nesta fase, "tem dúvidas de que a EDP tenha pago um preço adequado pelas concessões", e tal poderá ter dado à EDP uma vantagem seletiva que os seus concorrentes não tiveram, configurando, assim, um auxílio estatal na aceção das normas da União Europeia.
A China Three Gorges prometeu ao Governo, quando negociava a compra da EDP, um pacote de estímulos à economia nacional que incluía a criação de uma fábrica de turbinas eólicas. A privatização avançou, em novembro de 2011, com o gigante chinês como vencedor do concurso. Agora, a empresa prepara-se para não cumprir a promessa.
O presidente da China Three Gorges (CTG) diz que "a possibilidade" de a sua subsidiária Goldwind construir uma fábrica de turbinas eólicas em Portugal "não está fechada", mas nega que tenha assumido esse compromisso. "No acordo [com o Governo português] dissemos que iríamos fazer 'os melhores esforços'. Não houve um compromisso", afirmou Cao Guangjing.
O ministro responsável pela Energia, Jorge Moreira da Silva, vai chamar ainda este mês os responsáveis da China Three Gorges, accionista maioritário da EDP, para pedir informações sobre investimentos, como a instalação de uma fábrica de eólicas em Portugal.
"O ministro solicitou à China Three Gorges um ponto da situação sobre esses investimentos a apresentar numa reunião a realizar ainda em Setembro", disse fonte oficial do gabinete do ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, isto porque, acrescentou, "por ocasião da privatização da EDP, foram criadas expectativas de investimento, nomeadamente, na instalação de uma unidade industrial de aerogeradores [fábrica de turbinas eólicas]" em Portugal.
A agência de notação financeira Standard & Poor`s colocou a nota (`rating`) da EDP e da EDP Finance sob vigilância para revisão negativa, mantendo em ‘BB+’ a de longo prazo e em ‘B’ a de curto prazo.
Quando lemos ou ouvimos algo do Papa Francisco ou do Dalai Lama ou de outro alguém que tem a obrigação de pensar bem e no bem, mesmo não sendo seu seguidor, acreditamos subconscientemente na sinceridade das suas mensagens e sabemos que aportam valores… Acho que acontece com todos.
Quando lemos ou ouvimos “aquelas” citações famosas de gente famosa (ou mesmo de anónimos), fazemos imediatamente um esforço para as entender, e entendendo-as, tentamos interioriza-las e partilhá-las, mesmo que esqueçamos o nome do autor… Acho que acontece com todos.
Quando lemos ou ouvimos ideias de intelectuais ou opinadores, seja sobre o que for, somos logo levados a peneirar as palavras, a separar o farelo e verificar se a farinha é boa e muita… Acho que acontece com todos.
Quando lemos ou ouvimos afirmações de políticos, governantes ou opositores, não deixamos de as analisar à lupa da nossa ideologia, empatia ou valores, sem deixar de introduzir uma pontinha de desconfiança sobre os interesses partidários e ficamos sempre naquela de que estão a “tirar a brasa da nossa sardinha”… Acho que acontece com todos.
Quando lemos ou ouvimos bocas de outro tipo de gente e os conhecemos de outras danças… ‘pera aí!
Não é este senhor Mexia, que deve ser o administrador mais bem pago do reino, e que apenas terá contribuído com metade de um subsídio de Natal (só do subsídio…) para desenrascar as dívidas daquele bando dos bancos, que estamos a pagar todos, mas mais os funcionários públicos e os reformados?
Não é este senhor administrador, que até já foi ministro (do Santana das trapalhadas) e não deu por nada sobre a Dívida ou os Direitos Constitucionais ou deu e já pensava no rico futuro com que o destino o presentearia?
Não é este senhor o administrador da empresa privada e privatizada (quase monopolista), que (ainda) recebe dos contribuintes as rendas excessivas e 10% da nossa fatura da eletricidade para investir nas energias renováveis, que correspondem a lucros, os garantem e os ampliam?
Não é este senhor o administrador da empresa privada de quem a Comissão Europeia tem dúvidas de que tenha havido auxílio indevido do Estado?
Não é este senhor o administrador da empresa privatizada, que não cumpriu o estipulado no contrato e que vem dizer que “era se lhes apetecesse”, a ponto de o ministro do (bom) Ambiente os “chamar à pedra”?
Não é este senhor o administrador da empresa cujo rating é ameaçado por reflexo do “sucesso” do país?
E no fim, ou melhor, entretanto e entre tanto, vem este senhor aplicar um “choque elétrico” ao Tribunal Constitucional para tentar condicionar os juízes nas decisões que terão que tomar e que terão reflexo na vida dos cidadãos com menos dinheiro, mas com direitos?
E vem este senhor administrador com a rica argumentação, que ofende quem lê, de que “os direitos devem ser olhados em função da capacidade de a economia se financiar”
Mesmo não se entendendo o que este senhor administrador diz, ficamos todos com aquela interjeição na boca: “O que tu queres sei eu!”.
Mais valia que fosse o senhor Cao a dizer o que o senhor administrador disse e não se Mexia com o senhor administrador, porque seríamos levados a pensar que tinha sido erro de tradução…
Onde chegou o valor dos Valores na “Bolsa” da sem-vergonhice! …e a lata dos media, que conspurcam a (in)formação com o eco de tais atoardas, de quem não tem autoridade Moral nem um pingo de Ética política, muito menos preocupações com os Direitos Políticos e Sociais!
Acho que (ainda) não acontece com todos nós.

Sem comentários:

Enviar um comentário