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sábado, 28 de setembro de 2013

Afinal há alternativas, mesmo para guerras anunciadas!

Síria, uma possível reaproximação entre Estados Unidos e Irão, questões sobre terrorismo internacional dominaram a véspera de uma sessão da Assembleia Geral da ONU "quente", que a presidente Dilma Rousseff abriu e sem que criticou os Estados Unidos, pedindo ações para garantir as liberdades fundamentais nas comunicações globais e na internet.
Diante dos líderes mundiais reunidos em Nova Iorque, o presidente americano, Barack Obama, pediu uma postura forte diante da guerra civil na Síria, advertindo que o seu país continua preparado para usar a "força militar".
Obama estendeu a mão - com reservas - ao Irão, destacando a disposição em debater com o mandatário Hassan Rohani o programa nuclear da República Islâmica, suspeita de querer produzir a bomba atómica.
Rohani afirmou na tribuna da ONU que o seu país não representa "absolutamente uma ameaça para o mundo", fazendo um apelo para que Obama ignore os grupos de pressão pró-guerra e privilegie a negociação. "A República Islâmica do Irão atuará de maneira responsável no que diz respeito à segurança regional e internacional", acrescentou, denunciando com veemência as sanções que atingem o seu país.
Numa mostra da vontade de diálogo de Teerão, o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, reunir-se-á com os seus homólogos do grupo 5+1 (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha).
Dilma Rousseff, pronunciou um implacável discurso referindo-se ao recente caso de espionagem dos Estados Unidos, classificando o ato de "quebra do direito internacional" e exigindo uma regulação multilateral do uso da internet, embora o líder americano se tenha referido ao caso de forma geral. "Começamos a rever o modo como obtemos informação de inteligência para termos um equilíbrio correto entre as legítimas preocupações de segurança dos nossos cidadãos e aliados e as preocupações particulares compartilhadas por todos", disse Obama.
Um ministro iraniano elogiou o “tom moderado e respeitoso” do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante o seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, que também foi saudado pela imprensa de Teerão.
A imprensa iraniana, em geral, saudou o discurso de Obama.
O mesmo não vale para o lado israelita. A embaixada de Israel em Washington ridicularizou o presidente iraniano Rohani, destacando o seu "paleio de vendedor internacional" e caracterizando-o como "defensor de longa data da proliferação nuclear" e "profissional de relações públicas".
Uma resolução sobre a destruição de armas químicas da Síria ainda vai ser votada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, mas o impasse entre Moscovo e Washington sobre intervenção militar parece ter sido ultrapassado.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade a resolução para destruir as armas químicas do governo sírio. A aprovação, após 2 semanas de negociações intensas, marca a maior ruptura na paralisia que tomou conta do Conselho desde o início da guerra civil na Síria. "A resolução histórica de hoje é a primeira notícia esperançosa sobre a Síria há longo tempo", afirmou o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, logo após a votação.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta sexta-feira (27) que conversou por telefone com o presidente do Irão, Hassan Rouhani, e que os dois instruíram as suas equipas a trabalhar rapidamente em direção a um acordo sobre o programa nuclear iraniano.
Foi o contacto de nível mais elevado entre os Estados Unidos e o Irão desde 1979, observou Obama. "Há alguns minutos, falei por telefone com o presidente Rohani da República islâmica do Irão. Falamos sobre os esforços em curso para alcançar um acordo sobre o programa nuclear iraniano", afirmou Obama e disse que se tratava de uma oportunidade única de fazer progressos com o Irão sobre um assunto que tem isolado a República Islâmica do Ocidente. A ligação foi confirmada pela presidência iraniana.
Rohani também anunciou hoje que o seu país apresentará propostas sobre o seu programa nuclear nas conversas com o grupo 5+1, que acontecerão em outubro em Genebra, destacando o resultado positivo da reunião em nível ministerial com o grupo 5+1 realizada ontem, e afirmou que espera que "esta fase de criação de confiança não seja longa demais", assegurando que, qualquer que seja o resultado do novo processo negociador que começou ontem nas Nações Unidas, terá "o apoio completo" das instituições e do povo do Irão.
Rohani ofereceu ainda a cooperação do seu país para tentar buscar uma solução para o conflito civil sírio, e ressaltou a oposição de seu governo ao extremismo e ao terrorismo.
Num tom geral, explicou que as eleições de junho, nas quais foi eleito presidente, criaram "um novo panorama" no Irão e representaram "um ponto de partida para melhorar as relações" do seu país com o exterior.
Dos 3 pontos principais da ordem de trabalhos da 68.ª da Assembleia Geral da ONU, tudo indica que foram conseguidos resultados muito positivos, numa estratégia de diálogo e diplomacia, como é próprio dos racionais e contra os que defendiam uma tática intimidatória e belicista…
Embora a denúncia de Dilma sobre a ESPIONAGEM abusiva feita pelos EUA não tenha sido conclusiva e “chutada para canto” por Obama, o falar dela e com a argumentação apresentada, terá que ter consequências na reposição dos Direitos Humanos, do Direito Internacional e dos direitos individuais…
Basta insistir, ciclicamente, na denúncia e nas exigências.
Já sobre a SÍRIA, que manchou a imagem de Obama a nível mundial, mesmo que se diga que não passou de uma tática “pacifista”, ficou demonstrado que é possível resolver todos os conflitos pela via diplomática, renegando a guerra, que é estúpida, evitando-se acrescentar mais vítimas às vítimas que se queria vingar…
Basta insistir, ciclicamente, no diálogo e na coerência de se rejeitar a violência.
Quanto ao IRÃO, também a via diplomática nos deixa aperceber que haverá uma solução negociada à vista, por muito afastados que estivessem os pontos de vista e interesses de Obama e de Rohani…
Basta insistir, ciclicamente, na primazia do interesse mundial sobre os nacionais, culturais, políticos ou religiosos e na consistência de se construir a paz (por um Prémio Nobel da Paz).
Finalmente, percebeu-se que a guerra civil da Síria (apesar do número de mortos, deslocados e refugiados) era uma ponte estratégica para se chegar ao Irão, como veio a acontecer, deixando a “Alá dará” os inocentes cidadãos sírios cada vez mais longe da paz e cada vez mais isolados nas suas fronteiras e ainda mais sós se as atravessarem…
Nestas andanças, fica sempre um rasto de hipocrisia e um fio de esperança…
Haja fé! Inshallah, ou queira Deus!

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