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sábado, 15 de junho de 2013

Educação + Empenho + Avaliação + Mérito = Sucesso?

Com a explosão do avanço científico e tecnológico, todos estamos sujeitos ao bombardeio continuado de informações num grau de velocidade descomunal. E, com isto, o indivíduo sente-se isolado da coletividade, a vida em comunidade tende a diminuir, esvaziar – diverte-se, ama-se por meios virtuais. Então perguntamos: - Onde estão as relações pessoais?
Corina Decco
Atualmente, os investimentos em relações humanas são vistos como ultrapassados, antigos, fora de moda.
Ao contrário de relacionamentos longos, duradouros e respeitosos, buscam-se prazeres momentâneos, superficiais, descomprometidos e, até mesmo, descartáveis – como se fossem na tela de um computador, “deleta-se” os que não são significativos, que de alguma maneira não são rentáveis, que não trazem benefícios imediatos. Vive-se a geração do controlo remoto – muda-se, quando o que está presente não é interessante – tudo é muito rápido, passageiro, mutável e mutante.
Hoje, o ser humano, por causa do alto índice de violência (quer seja na esfera social, ou na dinâmica intrafamiliar e, ainda mais, nas articulações políticas), não tem apresentado discernimento nem diferenciação nos conceitos de ética, respeito, confiança, diálogo e muito menos limites.
A perda desses referenciais, em valores humanos, afetam todos os setores da vida – e, consequentemente, vem também afetando a educação, seja a familiar (aquela que é transmitida pela família), seja a escolar (a que é proporcionada pela instituição escola), e que está diretamente atribuída aos professores.
Apesar de muitas palestras, seminários, livros, reportagens e documentários em vários veículos de comunicação voltados para estes questionamentos, vale a pena ressaltar que, ainda não se obteve resultados satisfatórios.
Onde está centralizado o mal que vem assolando esta geração?
Embora muitos teóricos conceituados em antropologia, psicologia, sociologia, pedagogia e áreas correlacionadas pontuarem que, muitos são os aspetos que se somam e contribuem para desencadear o processo destrutivo nas relações humanas, ninguém poderá apresentar uma receita pronta para estimular a dinâmica de transformação destas situações, problemas que têm sido agentes geradores de inúmeros conflitos pessoais.
Portanto, enfim, com base em estudos e pesquisas fundamentadas em condutas, atitudes e posturas humanas nas relações, chega-se a um patamar de dúvidas: como educar as crianças e adolescentes que hoje frequentam as nossas salas de aulas – fala-se muito em formar o cidadão do amanhã – do futuro.
Mas, o futuro... para quem será?
Será para os espertos que burlam as regras sociais e tentam tirar vantagens em tudo;
Para os ansiosos que estão sempre apressados a querer passar à frente dos demais nas filas de trânsito, nas possibilidades de melhores oportunidades de empregos;
Para os distraídos que não percebem as mudanças à sua volta;
Para os apáticos que deixam as coisas acontecerem sem participarem e nem expressarem opiniões próprias sobre factos com os quais não concordam;
Para os valentões que se apropriam de bens alheios através da força física, de armas de fogo ou desvios de dinheiro público - ou será daqueles que pensam, sonham e são determinados em conquistar o seu “lugar ao sol” através de dedicação, empenho e consciência de que não vieram ao mundo “a passeio”, mas para lutar e escrever uma história onde o personagem central tenha empreendido vontade, dinamismo, preparação e certeza de que para se chegar ao topo é necessário fazer uma longa escalada?
Tem-se observado que muitos conseguem este topo percorrendo caminhos não muito recomendáveis. Contudo, da mesma maneira rápida que conseguem, também perdem, pois só o que conquista batalhando honestamente é capaz de atribuir o devido valor ao bem conquistado. Os que não empreendem energia de vida para possuir bens e conhecimento, não são capazes de medir com emoções e sentimentos o valor da conquista.
Não se pode dizer que, o futuro só chegará para alguns, seria ilógico, haja em vista que o tempo passa para todos, mas na qualidade do futuro é que está a diferença, independente da raça, da cor, da classe social – rica ou pobre.
Quando aqui se fala de futuro, não é nas questões económicas e financeiras, mas trata-se das questões relacionais, afetivas e sentimentais; estes são os matizes de cores e alegrias que clarificam as verdadeiras razões de se ter vivido – é caminhar em direção à fronteira e ter conseguido o passaporte carimbado para cruzar a linha de chegada e receber a coroa de vencedor – campeão – campeão da vida – vida eterna – viver eternamente, este é, sem dúvida, o tão almejado FUTURO. Encontrar-nos-emos lá!?

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