O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, arrepende-se de no início do mandato ter dado prioridade à consolidação orçamental e à estabilização financeira em vez de apostar na reforma das administrações públicas.
Marques Mendes criticou ontem a confissão de Vítor Gaspar de que errou ao não dar prioridade à "transformação estrutural profunda das administrações públicas". "Não se devia ter enganado, devia ter começado mais cedo", apontou o antigo líder do PSD. Se tivesse começado por aí não haveria "mais impostos" nem tanta recessão.
Antigo líder do PSD diz que partido arrisca derrota histórica em futuras eleições e afirmou que os “erros do Governo ainda podem acabar a fazer de Seguro um estadista”.
Já sobre o ministro das Finanças, o mais impopular dos membros do Executivo, Marques Mendes, que já o criticou várias vezes, é contra a sua saída do Governo.
Marques Mendes admitiu que as novas medidas do Governo para os funcionários do Estado podem não passar no Tribunal Constitucional. "Veremos", afirmou, considerando que "o maior adversário do Governo não é a oposição, nem são os sindicatos, nem é a comunicação social. Pode ser o TC".
O ex-líder do PSD acusou Vítor Gaspar de "brincar com o pagode" quando diz que as más condições climatéricas também prejudicaram o investimento.
Gaspar admite(?) que se enganou, que viu o desenho de pernas para o ar e por isso chegamos onde ele nos levou. Seria, por isso, suficiente(?) um pedido de desculpas e obrigatório(!) corrigir o trajeto. Mas nem uma coisa (antes goza com o pagode) nem outra (aumenta a austeridade)…
E é isso que Marques Mendes, comentador de serviço ao seu partido, não arranja justificação e “responsabiliza" Gaspar por termos mais impostos e mais recessão. Insofismável!
No entanto, lá vem à tona a contradição (inevitável), em favor do seu partido (responsável), defendendo a manutenção do ministro das Finanças (apesar de incompetente), que continuará a demolir um país e o futuro de gerações, marimbando-se assim para os portugueses vitimizados, preocupando-se apenas com uma eventual derrota histórica do PSD (o seu partido), que deverá ser proporcional aos “erros” sistemáticos de Vítor Gaspar, apoiado sistematicamente pelo seu líder… Um “ato falhado”?
E de rajada, lá vem à tona mais uma contradição, reconhecendo que as novas medidas para os Funcionários Públicos, engendradas e propostas pelo Governo para o Orçamento Retificativo, poderão não passar no Tribunal Constitucional (mais uma vez), concluindo depois, que se tal vier a acontecer, a culpa poderá ser do Tribunal Constitucional (que não deve ter sugerido nenhuma das medidas) e se tornará no maior adversário do Governo. É preciso ter lata!
E mais lata é preciso ter para, só agora, ter percebido e sublinhado, que Gaspar anda a “brincar com o pagode”, enquanto o povo sofre, durante 2 anos, com as “brincadeiras” deste pagodeiro…
O que faz impressão é como é que este e outros “comentadores” de TV, dizendo o que dizem, podem ter lugar num Conselho de Estado, se os conselhos que dão são do mesmo calibre…
“Estamos feitos ao bife”!
Às vezes, Marques mente…
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