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segunda-feira, 13 de maio de 2013

“Cisma grisalho” da democracia-cristã com Francisco

“O Fariseu e o Publicano”
Paulo Portas, líder do partido democrata-cristão discorda frontalmente da proposta de impor uma contribuição aos pensionistas e reformados como uma das medidas de redução de despesa pública anunciadas por Passos Coelho.
“Num país em que grande parte da pobreza está nos mais velhos e em que há avós a ajudar os filhos e a cuidar dos netos, o primeiro-ministro sabe e creio que é a fronteira que não posso deixar passar”, disse o líder do parceiro de coligação governamental. “Não quero que em Portugal se verifique uma espécie de cisma grisalho, que afectaria mais de 3.00.000 de pensionistas, uns da Segurança Social, outros da Caixa Geral de Aposentações. Quero, queremos todos no Governo, uma sociedade que não descarte os mais velhos; quero, queremos todos no Governo, um ajustamento que não prejudique sobretudo os que não têm voz.”
Constança Cunha e Sá diz que as declarações de Passos Coelho e Paulo Portas promovem uma “farsa”.
O líder do CDS e ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros aceitou, a título excepcional, a nova contribuição dos reformados (a taxa de sustentabilidade), depois de ter admitido que a insistência nesta medida podia gerar uma crise política.
A contribuição de sustentabilidade da Segurança Social, que o primeiro-ministro anunciou como possibilidade, já tinha sido contestada por Paulo Portas e outros ministros, em grande parte do PSD, que chegaram mesmo a enfrentar Vítor Gaspar em Conselho de Ministros.
Qualquer que seja o ângulo de análise (ideológico, doutrina social da Igreja, político-partidário, eleitoralista, de caráter, etc.) das palavras e dos atos de Paulo Portas, só se pode qualificar como INQUALIFICÁVEL!
Fica só o registo, para memória futura, da última confissão pública de um democrata-cristão, que, por omissão, cometeu um pecado mortal, de que nunca será absolvido…
Bem prega o Papa Francisco aos tubarões, mas a “surdez” e a farisaica hipocrisia continua a proliferar nos pobres de espírito, que não serão bem-aventurados e muito menos será deles o reino dos céus, por criarem na terra (para os outros) o reino do inferno…
Ficam Portas abertas para uma retratação…

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