O ministro das Finanças de França, Pierre Moscovici, disse no encontro dos ministros das Finanças do G7, que o seu país sofre de "fadiga do ajustamento" e vincou a necessidade de combater o desemprego e aumentar o crescimento, considerando que entrar em recessão é "inaceitável".
Os dados mostram que a França entrou em recessão no 1.º trimestre, com o PIB a caído 0,2%, que se segue a uma contracção de 0,3% no último trimestre de 2012. Ao mesmo tempo, a França enfrenta também um aumento do número de pedidos de subsídios de desemprego, a par de um défice de 3,9% este ano e 4,2% em 2014, segundo as previsões de Bruxelas, divulgadas no início deste mês.
"Se tivermos muito ajustamento o que é que isso vai significar? Vai significar que a nossa economia estaria em recessão, e isso não podemos aceitar", disse o ministro das Finanças, abordando directamente as diferentes perspectivas entre a França e a Alemanha, sublinhando: "Eu não gosto da palavra 'austeridade', porque a austeridade não é só um ajustamento ou um ajustamento estrutural, significa mais do que isso". Austeridade, explicou o responsável, é "cortar além do que é necessário, significa ficar mais pobre, significa quebrar o modelo social", concluindo: "É por isso que nunca uso a palavra 'austeridade'".
Portugal deverá precisar de mais ajuda da Europa numa altura em que países como a Alemanha perdem cada vez mais o entusiasmo em conceder mais dinheiro para ajudar os países periféricos. Esta é a convicção dos analistas do Credit Suisse.
No entanto, a solução mais provável para resolver este problema, segundo os analistas, não passa por um segundo resgate mas a concessão por parte das instituições europeias de uma linha de crédito a Portugal até que este regresse em pleno e na totalidade aos mercados de dívida.
Esta ajuda seria importante já que os cortes orçamentais impostos pela troika já afetaram o estado psicológico da nação, impulsionando várias demonstrações de oposição pelo país nos últimos meses com o desemprego a aumentar e com o crescimento económico estagnado, mas uma decisão final sobre este assunto não deverá ser tomada antes das eleições germânicas agendadas para setembro.
Sobre as novas medidas anunciadas pelo governo, o analista defende que "devem ser aplicadas num contexto de fraco crescimento económico, contínuo aumento do desemprego, descontentamento social e, em último caso, com riscos políticos".
O esforço dos últimos 50 anos para criar uma Europa "mais unida" tornou-se a principal vítima da crise do euro, e a União Europeia (UE) é "o novo homem doente" naquele continente, revela uma sondagem do centro de investigação Pew. O apoio à integração europeia diminuiu no último ano em 5 dos 8 países em que a sondagem foi realizada.
O rótulo de "homem doente", originalmente atribuído ao czar russo Nicolás I ao descrever o Império Otomano em meados do século XIX, aplicou-se em diferentes ocasiões nos últimos 15 anos à Alemanha, Itália, Portugal, Grécia e França, indicou a sondagem.
Apesar de sabermos que a “austeridade” tem exatamente os mesmos efeitos em qualquer país e nos seus cidadãos e que mais não é do que uma tática para quebrar o modelo social, ficamos atónitos que entre os 7 países mais “ricos”, algum deles venha queixar-se de sintomas de ”fadiga”, quando são eles que impõem as causas dessa fadiga nos países mais frágeis…
Nós, que temos sido vítimas de cortes muito para além do necessário, por 2 anos consecutivos, sem que de tal estratégia tenha resultado senão frustração, desilusão e cansaço, o que poderemos dizer?
Parece que lá fora, mais uma vez, chegaram à conclusão de que as medidas da troika (que são do governo) já afetaram o estado psicológico da nossa nação, impulsionando várias demonstrações de oposição pelo país nos últimos meses, receando-se(?) que virão ao de cima as “doenças” consequentes…
Entretanto, vão-nos apertando o garrote, até medirem a nossa capacidade de resistência ou de consentimento, até ao grito final.
O grave é que só "teremos consulta" lá para setembro e daqui até lá vai-se distraindo o povo com a TSU dos reformados e pensionistas, enquanto pensam em lhes confiscar 10%, retirando-lhes poder aquisitivo para os “remédios”… Para atenuar a “fadiga”, alguém nos há de dar umas moedinhas (a Alemanha, nada!) para nos prolongar a agonia e irem a tempo do funeral…
E no fim de toda esta tramoia, ainda acham necessário fazer sondagens, em vez usarem de meios de diagnóstico, para confirmar que a União Europeia é "o novo homem doente"…
Grandes cabeças, as destes cabeçudos!
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