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domingo, 7 de abril de 2013

Mais uma vez, a BANCA não tem culpas… Foi o POVO!

O presidente da Associação Federal dos Bancos Alemães veio negar qualquer responsabilidade da banca na fuga de capitais para paraísos fiscais. Andreas Schmitz diz que os bancos não têm legitimidade para averiguar as transacções efectuadas pelos clientes. Já o Ministério das Finanças quer aceder aos documentos.
A banca alemã reage assim à polémica surgida na sequência do projeto "OffshoreLeaks", uma investigação feita por um consórcio de jornalistas a 130.000 crimes de evasão fiscal através de depósitos em contas offshore“Em primeiro lugar, esses depósitos são feitos por clientes ou organizações privadas”, defendeu Andreas Schmitz. "Os bancos não podem realizar averiguações sobre a legitimidade dessas transacções, já que não temos competência para o fazer."
Também o governo alemão reagiu às notícias publicadas sobre o assunto. O Ministério das Finanças quer aceder aos relatórios e pediu aos órgãos de comunicação para os disponibilizarem. "Assumimos e agradecemos se os documentos relevantes forem, agora, enviados às autoridades tributárias competentes dos Estados, para que estes possam começar rapidamente as suas investigações e, consequentemente, os respectivos procedimentos", disse o porta-voz Martin Kotthaus.
Pelos dados que se vão conhecendo, parece que são os próprios bancos que vão ao leme das centenas de operações piratas para os offshores, o que contraria as cândidas declarações deste alto banqueiro alemão, a não ser que no seu país as coisas sejam diferentes (hummmm!), o que se irá constatar ou sim, capítulo a capítulo, desta série de horror e humor macabro, até porque dizem que a Alemanha é o 2.º maior ninho de offshores… O povo (pensam) já não engole tudo!
Sem fazer eco das bocas do presidente da Associação Federal dos Bancos Alemães, o Ministério das Finanças alemão quer ver para crer (se estão lá todos) e pede, agradecendo (que gentileza!), que os jornalistas forneçam os documentos a cada Estado, para os devidos efeitos…
É pena que a Alemanha e o Sr. Shauble não assumam a liderança deste combate como costumam fazer, quando se trata dos níqueis dos desgraçadinhos, como fizeram no Chipre na mesma área, a Banca…
A sorte é que foram jornalistas (e muitos, e a nível mundial), a despoletar a bomba, porque se fossem fiscais tributários (de cada Estado), tudo continuaria como antes, nos paraísos e nas suas terras, porque os poderosos são imensos e poderosos… Desta vez talvez tenham azar, mesmo sabendo-se que os azarados, somos todos nós.
Valha-nos a rigidez doutrinal dos povos do norte e a penitência que infligem aos pecadores mais pequenos, para esperarmos que a dos grandes será mortal…
A ver vamos a (in)coerência!

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