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terça-feira, 9 de abril de 2013

Com a verdade nos desengana e aponta o dedo…

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, disse que "A Irlanda e Portugal estão no bom caminho para regressarem aos mercados financeiros, dentro de 3 anos, conforme combinado".
Esta manhã, Schäuble pediu novas medidas ao Governo português, defendendo que Lisboa tem de respeitar os compromissos assumidos com os credores internacionais.
Afinal são mais 3 anos para “irmos” aos mercados…
E vai daí, cumprindo o que ontem prometera, Krugman explica o que significa o “bom caminho”, as consequências e de quem é a responsabilidade da falha teórica, que deu origem aos tsunamis financeiros, económicos e sociais, apontando o dedo…
O economista e prémio Nobel Paul Krugman atribui a descida dos juros da dívida portuguesa à intervenção do BCE e não ao sucesso da política de austeridade em curso no país.
“Esta descida dos juros não tem nada a ver com a austeridade”, sustenta Krugman no seu blogue no New York Times, atribuindo-a, antes, à intervenção do BCE na compra de dívida soberana dos países em dificuldades, nomeadamente Portugal.
Neste contexto, o economista critica a Comissão Europeia – que, na segunda-feira, elogiou a determinação do Governo português em prosseguir a política de austeridade apesar do ‘chumbo’ do Tribunal de Constitucional a algumas das medidas impostas – quando esta reclama para si e para a sua política os créditos desta descida dos juros das dívidas soberanas e alega que um abrandamento da austeridade levará a nova escalada.
Para Paul Krugman, esta posição da Comissão resulta do facto de a descida dos juros da dívida ser “o único resultado positivo que tem para apresentar após três anos de austeridade”.
Segundo sustenta o Nobel da Economia, o “risco moral” inicialmente apontado pelos defensores da austeridade relativamente à intervenção do BCE na compra de dívida soberana – por considerarem que esta “ajuda” poderia levar os países em dificuldades a “relaxarem no aperto do cinto” – acabou por se concretizar, mas relativamente aos próprios apoiantes da austeridade.
Realmente a intervenção do BCE “ajudou algumas pessoas, levando-as a prosseguir as suas más políticas. Mas essas pessoas não são os governos endividados, são os próprios membros da troika (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e BCE), que usam o argumento da descida dos juros da dívida para alegarem que a austeridade está a resultar”, afirma Krugman na coluna do NYT (aceda AQUI ao texto original, em inglês).
No domingo, também no seu blogue no New York Times, Paul Krugman, que tem repetidamente criticado a estratégia europeia de resposta à crise na zona euro, instou os portugueses a “dizer não” a novas medidas de austeridade.
‘Just Say Não’, ironizou então o prémio Nobel da Economia, notando que a instabilidade se intensifica em Portugal, agora que o Governo de Pedro Passos Coelho anunciou a intenção de avançar com cortes na educação, saúde, Segurança Social e empresas públicas para responder ao 'chumbo' do Tribunal Constitucional de 4 normas orçamentais que representam um 'buraco' de 1.300 milhões de euros.

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