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quinta-feira, 11 de abril de 2013

A austeridade é brutal por ser imposta por brutos?

A diretora-geral do FMI defende que as medidas de austeridade aplicadas nos países em processo de consolidação orçamental não devem ser brutais e devem ter em conta as respetivas estruturas sociais. Para Christine Lagarde, que considera que as condições financeiras estão a melhorar, a Europa deverá proceder à limpeza do sistema bancário e, se necessário, fechar mesmo algumas entidades.
O Estado pode ter de injetar mais 8.000 milhões de euros nos bancos portugueses, disse a principal analista de banca da Moody's.
O primeiro-ministro do Luxemburgo e ex-presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, diz que é necessário abrandar a austeridade e, consequentemente, a consolidação orçamental nos países em crise, referindo-se especificamente ao caso grego, afirmando que “as pessoas na Grécia já não aguentam mais o atual ritmo de consolidação”. Por isso, “o Governo luxemburguês está comprometido a abrandar o ritmo de consolidação nos países em crise”, garantiu. “Se tal não acontecer, haverá uma explosão social”, alertou.
A voz de Juncker é apenas mais uma no coro que protesta contra a receita que tem sido usada nos países do euro que continuam em crise. Dos EUA têm chegado apelos para que se aposte antes no crescimento da economia. O Nobel da Economia, Paul Krugman, tem sido uma das vozes mais críticas. Mas mesmo no interior da troika têm surgido sugestões de que está na hora de abrandar a austeridade, nomeadamente por parte do FMI.
Numa altura em que o ministro das Finanças diz que quer seguir o mais perto possível o exemplo irlandês, um responsável do FMI que participou na elaboração do programa de ajustamento da Irlanda assume que a aposta na austeridade não resultou.
Ashoka Mody, que já deixou o FMI, referiu que, quando a crise surgiu, havia 3 soluções possíveis mas a opção recaiu na austeridade. Algo que não foi razoável nem produtivo.
Os ministros das Finanças da zona euro esperam que amanhã, Vítor Gaspar apresente, "da forma mais específica possível", o novo plano de cortes para este ano, que surge depois do chumbo do Constitucional a quatro medidas do Orçamento do Estado. 
O secretário de Estado Luís Marques Guedes afirmou hoje que o Governo está a trabalhar em cortes na despesa para compensar a inconstitucionalidade de normais orçamentais, mas que o assunto não foi tratado no Conselho de Ministros.
Manuela Ferreira Leite não poupou nas críticas ao Governo. Para a antiga ministra das Finanças, o despacho assinado por Vítor Gaspar é "totalmente ineficaz" e o executivo de Passos Coelho insiste numa política errada. "Fiquei perplexa por não verem isto [decisão do TC] como uma oportunidade, mas como uma contrariedade. Vão insistir na austeridade", disse.
Considerando que "o país está destruído", a antiga presidente do PSD defendeu que a decisão do TC deveria ter sido aproveitada para uma mudança de linha política, "sem ninguém perder a face", mas disse que o Governo insistirá na política de austeridade.
Já conhecemos há cerca de um ano a doutrina do FMI(?), que para além do engano no valor do famoso “multiplicador”, que deu no que deu (miséria), já várias vezes Lagarde se referiu aos perigos da austeridade, mas na prática teima na mesma “burricada”, pelo que nada de novo virá, se não houver “despacho”…
E (em sequência?) fala de uma limpeza nos bancos (que já vem tarde) e até sugere que os falidos fechem as portas.
Entretanto, as forças de bloqueio (a Moody’s, no caso) vem contrariar o aviso e até fala que o nosso Estado tem que injetar 8.000 milhões de euros nos bancos portugueses (não souberam do acordão do TC), ou seja, cerca de 9% do PIB… Como é Sra. Lagarde? Quem é a maestrina?
Reforçando o que Lagarde teme, como resultado da austeridade pela austeridade, Juncker, que foi colega de dama francesa no Ecofin no tempo da Merkozy e sabendo o que ela sabe, volta a falar na natural explosão social, se insistirem nos cortes aos pobres, em vez de cortarem as pernas aos bancos…
O primeiro-ministro luxemburguês também deve andar um bocado assustado com os offshores, já que os depósitos são 22 vezes superiores ao do PIB, enquanto em Chipre eram só 4 vezes mais… Mas é mais um, de peso, a juntar-se ao crescente número de descrentes na estratégia da demolição.
Mas no meio desta caldeirada de peixe podre, eis que a consciência de um ex-troikano (da Irlanda), arrependido, assume que a aposta na austeridade não resultou (azar o nosso), mas o mais importante é que o mesmo funcionário diz que HAVIA ALTERNATIVAS (pelo menos mais duas) e o Gaspar dizia-nos que não…
E por falar em Gaspar, o mau aluno, parece que sozinho (ele próprio) desenhou um plano de cortes para entregar amanhã ao Eurogrupo, sem dar cavaco (como fez o Sócrates) ao Conselho de Ministros, que também está a fazer um desenho, que só pode ser diferente…
Perante estas contrariedades e contradições, Manuela Ferreira Leite não tem papas na língua (apesar de falar como Jorge Jesus) e para além de apostar que o Gaspar vai continuar com mais austeridade, diz o que todos veem e não dizem, que O PAÍS ESTÁ DESTRUÍDO!
Organizem-se, apanhem e colem os cacos!

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