Não será com lousa digital, tablet e outras parafernálias tecnológicas que mudaremos a sala de aula como espaço de aprendizagem e partilha de conhecimentos e informações. Só iremos resolver problemas, encontrar espaços de convívio, aprender a investigar e propor ações, com e pelo diálogo (de preferência diálogo filosófico). A Filosofia desde a Educação Infantil é um caminho seguro para essa finalidade
Ricardo Valim
Constantemente conversamos com outras pessoas, lemos e vemos por aí sobre a nossa realidade e como um simples diálogo poderia resolver muita coisa. Na nossa sociedade, apesar dos esforços de ambos os lados, ainda falta diálogo entre pais e filhos, governos e cidadãos, entre religiões e religiões. Como se pode notar o diálogo é base para muita coisa.
Mas como fazer tudo isto se a nossa educação contemporânea ou pelo menos a sua metodologia, não está apta para tal feito? Se quisermos uma sociedade futura mais diversificada em pensamento e com grande capacidade de diálogo e criticamente esclarecida, teremos de começar a trabalhar estas situações ainda hoje na sala de aula.
No seio familiar aprendemos alguns princípios básicos para viver e nos organizarmos socialmente. Porém, é num contacto social mais amplo – que é a escola – que se aprenderão novos valores e que serão aperfeiçoados os adquiridos, a priori, em casa.
E é justamente por isso mesmo que “Pensar a Educação é Pensar no Futuro”. O que queremos para o nosso futuro? O que esperamos dele? São perguntas que devem perturbar o espírito de um bom educador comprometido com a realidade.
A educação deve estar, e esta deve ser a sua essência, voltada para a evolução de uma realidade que hoje não nos agrada.
A educação é o caminho mais seguro para a edificação de um novo mundo, mais humano e solidário. A educação deve estar para além do comércio e das intenções dos partidos políticos, deve ser a bandeira da esperança levantada ante os erros que agora são cometidos para que não se repitam num futuro bem próximo. Se estivermos realmente fartos de tanta violência e corrupção, o que poderemos fazer então dentro de um plano educacional para reverter tal quadro? É isso que devemos pensar! Portanto, “Pensar a Educação é Pensar no Futuro e Pensar no Futuro é Pensar na Educação Hoje”.
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