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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Quem gosta de lóbis, deve lamber (muito) deste milho!

“Sim, os OGM são venenos!”: esta condenação é revelada na primeira página de Le Nouvel Observateur, que publica em exclusivo os resultados de um estudo realizado ao longo de 2 anos por investigadores franceses, em 200 ratos alimentados com milho transgénico, nomeadamente o NK 603 de Monsanto. As conclusões expostas numa obra – que também vê o seu nome atribuído a um filme baseado neste estudo, Todos cobaias! – redigida por Gilles-Eric Séralini, professor de biologia molecular na universidade de Caen, que dirigiu a experiência, e que Le Nouvel Observateur qualifica de “bomba de fragmentação”:
De facto, esta destrói uma verdade oficial: a inocuidade do milho geneticamente modificado. Mesmo em pequenas doses, o OGM estudado revela-se extremamente tóxico e muitas vezes mortal para os ratos. De tal forma que, caso se tratasse de um medicamento, este deveria ser suspenso imediatamente até serem realizadas novas investigações. Porque este é o mesmo OGM que encontramos nos nossos pratos, através da carne, dos ovos ou do leite.
Os resultados são categóricos:
No 13º mês da experiência […] os ratos alimentados com milho transgénico têm 2 a 3 vezes mais tumores do que os ratos alimentados sem OGM, em ambos os sexos. No início do 24º mês, período que assinala o fim de vida destes, entre 50% a 80% das fêmeas alimentadas com OGM ficaram afetadas contra apenas 30% dos que não foram submetidos a OGM.
EurActiv.com realça que a publicação desses resultados “criou ondas até Bruxelas”:
De facto, as decisões são tomadas pelos 27. O Governo francês pediu à Agência Nacional [francesa] de Segurança Sanitária que verificasse o estudo. A Comissão Europeia fez o mesmo pedido à Agência Europeia de Segurança Alimentar (EFSA).
Uma agência muitas vezes contestada, como recorda o EurActiv, pela Greenpeace, que acusa a EFSA de se distinguir “há já vários anos pela proximidade escandalosa dos seus membros com as indústrias e a sua falta de independência”.
No entanto, o estudo da universidade de Caen foi recebido com ceticismo por uma parte do mundo científico, uma vez que diversos biólogos interrogados pela agência Reuters levantaram dúvidas quanto ao protocolo e o método utilizados na realização dos testes.


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