De acordo com os dados divulgados no site do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), "o número de casais em que ambos os cônjuges estão registados como desempregados foi, no final de agosto de 2012, de 9.438, mais 102% (mais 4.765 casais) que no mês homólogo", lê-se no documento intitulado "Informação mensal sobre estado civil do desempregado e condição laboral do cônjuge".
Quando comparado com julho, o número de casais inscritos no IEFP subiu 7,2%, registando-se um acréscimo de 631 casais.
De acordo com os dados de agosto, "o desemprego registado nos Centros de Emprego do Continente aumentou 26% face ao período homólogo e 4,4% face ao mês anterior", mas no caso dos desempregados casados ou em união de facto (os que contam para esta análise do IEFP), o aumento face a agosto do ano passado chegou aos 22,4%, representando mais 58.471 desempregados. Já a variação face ao mês anterior ficou-se pelos 2,7%, o que revela uma subida de 8.251 pessoas sem emprego.
Do total de desempregados casados ou em união de facto e inscritos nos centros de emprego, 18.876 têm também registo de que o seu cônjuge está igualmente inscrito como desempregado, o que revela uma percentagem de 5,9% face ao total de 641.218 pessoas sem emprego.
Quer dizer:
1. Em agosto do ano passado já reinava este governo, com a desculpa de a culpa ser do outro;
2. Neste agosto, após um ano de reinado deste governo, não há desculpas de a culpa não ser dele;
3. Só num ano, mais 102% de casais desempregados, passando de 4.765 para 9.438 é um feito (triste) para o Guinness e uma evidência de que a troika é mais do que benevolente nas avaliações, é mentirosa;
4. Só num ano, deixar 390 casais desempregados por mês (e só em agosto 631) ou 13 por dia (e só em agosto 21), nem todos os governos (de direita, centro ou esquerda) se podem gabar!
E vamos deixar de lado os outros números de desempregados registados no IFEP, mais os que já não estão registados, mais os que emigraram, não por serem números, mas porque a gravidade da situação (já) não choca tanto (a teoria do choque funciona mesmo), mas sem esquecer que metade dos desempregados já não recebe subsídio…
Perante um quadro destes (que não revela o número de filhos de cada casal, e devia), como é que gente com responsabilidades na gestão da res publica, cientes dos Direitos Humanos de todos os seus concidadãos e com a missão pessoal de servir uma sociedade por inteiro, pode brincar às guerrinhas de “paint ball”, fazer birras de “putos mimados”, abstraindo-se das suas obrigações e compromissos, expondo esta miséria, que é diretamente proporcional à sua miséria moral?
E no fim ainda dizem que dormem descansados…
Requiescant in pace!
No momento em que a maior parte dos países europeus adotam orçamentos de austeridade, aquilo que o Governo sueco se prepara para propor a 20 de setembro é quase uma provocação. O plano de despesas do primeiro-ministro Fredrik Reinfeldt prevê, de facto, um aumento das despesas em relação a 2012 de 2,83 milhões de euros.
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