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segunda-feira, 30 de julho de 2012

O jogo do empurra ou melhor, da “delação”…

Em tempo de crise, é importante chamar as coisas pelos seus nomes. E para tal, podemos contar com os políticos, ironiza o jornal "Süddeutsche Zeitung", que preparou uma antologia de citações desde o início da crise do euro.
“A Rússia não é a Grécia.” (Vladimir Putin, primeiro-ministro russo, março de 2010)
“A França não é a Grécia.” (Christine Lagarde, diretora do FMI, maio de 2010).
“Portugal não é a Grécia e a Espanha não é a Grécia.” (Jean-Claude Trichet, presidente do BCE, maio de 2010).
“A Espanha não é a Grécia. Mas se a Grécia chegou onde está, foi por causa de uma política semelhante à de Zapatero em Espanha.” (Mariano Rajoy, dirigente da oposição espanhola, maio de 2010).
“Hungria não está na mesma situação da Grécia.” (Olli Rehn, comissário europeu para os Assuntos Económicos e Monetários, junho de 2010).
“A Hungria não é, obviamente, a Grécia.” (György Matolcsy, ministro húngaro da Economia, junho de 2010).
“A Espanha não é nem a Irlanda nem Portugal.” (Elena Salgado, ministra espanhola das Finanças, novembro de 2010).
“Nem a Espanha nem Portugal são a Irlanda.” (Angel Gurria, secretário-geral da OCDE, novembro de 2010).
“A Irlanda não é a Grécia.” (Angela Merkel, chanceler da Alemanha, novembro de 2010).
“A Grécia não é a Irlanda.” (Giorgos Papakonstantinou, ministro grego das Finanças, novembro de 2010).
“A Irlanda não faz parte do território grego.” (Brian Lenihan, ministro irlandês das Finanças, novembro de 2010).
“A Irlanda não é a Grécia.” (Michael Noonan, ministro irlandês das Finanças, junho de 2011).
“A França não é a Grécia e também não é a Itália.” (Barry Eichengreen, professor americano de Economia, agosto de 2011).
“A Itália não é a Grécia.” (Rainer Brüderle, presidente do FDP no Bundestag, agosto de 2011).
“A Itália não é a Grécia.” (Silvio Berlusconi, primeiro-ministro italiano, outubro de 2011).
“A Áustria não é a Grécia.” (Karlheinz Kopf, presidente do grupo parlamentar do Partido Popular Austríaco, novembro de 2011).
“A Itália não é a Grécia.” (Christian Lindner, secretário-geral do FDP, novembro de 2011).
“Portugal não é nem será a Grécia.” (António Saraiva, presidente da CIP, fevereiro de 2012).
“A Espanha não é a Grécia.” (Richard Youngs, presidente do grupo de reflexão madrileno FRIDE, maio de 2012).
“Portugal não é a Grécia.” (Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro português, junho de 2012).
“A Itália não é a Espanha.” (Ed Parker, diretor da agência de notação Fitch, junho de 2012).
“A Grécia não é a Argentina.” (Yiannis Stournaras, ministro grego das Finanças, julho de 2012).
“A Alemanha não é o Zimbabué.” (Paul Casson, gestor de fundos da Henderson Global Investors, junho de 2012).
“A Espanha não é o Uganda.” (Mariano Rajoy, primeiro-ministro de Espanha, junho de 2012).
“O Uganda não tem vontade nenhuma de ser a Espanha.” (Asuman Kiyingi, ministro ugandês dos Negócios Estrangeiros, junho de 2012).
O título desta recolha de citações remete para o poema publicado por Günter Grass, em abril, no mesmo jornal. Muito crítico em relação a Israel, deu origem a acesa polémica.
Leia o poema em castelhano, aqui:

2 comentários:

  1. Esta recolha está de mestre! É o chamado jogo do empurra... e depois logo se vê a desgraça...

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    1. ELES é que parecem a "barata tonta"... mas fazem-se todos de caros!

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