A Irlanda quer que lhe apliquem o mesmo plano de ajuda à banca que foi delineado para Espanha. Assim, o país pretende pedir a implementação retroactiva de um plano similar, que não implique medidas de austeridade para o Estado. E irá fazê-lo já na próxima reunião dos ministros europeus das Finanças, a 21 de Junho no Luxemburgo.
Recorde-se que a Irlanda conseguiu um acordo de resgate no valor de 85 mil milhões de euros por parte da troika em Novembro de 2010, para ajudar a sua banca em apuros, mas só depois de concordar com a tomada de medidas de austeridade draconianas.
Ao contrário dos três países anteriormente intervencionados – Grécia, Irlanda e Portugal -, Espanha terá, conforme já vinha a ser avançado, uma ajuda sujeita a condições menos austeras, já que não será exigido um programa de ajuste ao Estado.
Os ministros das Finanças da Zona Euro anunciaram este sábado a disponibilidade para concederem um empréstimo de 100 mil milhões de euros a Espanha destinados a revitalizarem os seus bancos em apuros.
Realmente! Quatro intervenções da troika, 3 delas onde fomos incluímos, com a obrigação de medidas de caixão à cova e agora a 4ª, de Espanha, em que tal não é exigido e até lhes disponibilizam mais do que o necessário. Não é que o mal de Espanha nos trouxesse alívio, mas é exemplar a atitude dos governantes irlandeses, que reclamaram de imediato e retroativamente, as mesmas condições de um país-membro, que são, como parceiros em pé de igualdade.
“Exemplar” é também a atitude do nosso governo, que não seguiu as pisadas da Irlanda, que PPC desconhece (deve ser o único), o que deixa claramente ver uma colagem (ideológica e às políticas neoliberais), menorizando o seu e o nosso estatuto no que à equidade de soberania diz respeito e ao tratamento diferenciado com que somos tratados.
Se já não havia dúvidas de que este governo era mais troikista do que a troika, agora não restam dúvidas de que é a troika que está a travar a voracidade “reformista” do Estado, reduzindo-o, e aumentando os sacrifícios dos “mais desfavorecidos” para distribuir os despojos do Estado Social aos “iluminados” e detentores das maiores fortunas… Pelo menos devolvam os salários confiscados!
Esperemos que o ditado: “Quem com ferros mata, com ferros morre” se cumpra nas próximas eleições e que estas sejam antes da calendarização aprazada…
Esperemos pelo dia 17 e pelo resultado das eleições na Grécia, para ver até onde vai a coragem/desespero de quem é pisado e reage (o povo), porque os governantes tem todos o mesmo sangue frio…
Aceitar (silenciosamente) estas diferenças é simplesmente aceitar que somos diferentes, mas para pior, o que é insultuoso, para quem diferencia e para quem é diferenciado: puro racismo entre daltónicos…
Parafraseando uma campanha do Euro (de futebol) RESPECT!
Não pode haver uns países mais iguais que outros!!
ResponderEliminarPelos vistos pode, embora Bruxelas já venha ditar "castigos" também para a Espanha...
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