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domingo, 10 de junho de 2012

Todos diferentes, todos iguais? RESPECT!

A Irlanda quer que lhe apliquem o mesmo plano de ajuda à banca que foi delineado para Espanha. Assim, o país pretende pedir a implementação retroactiva de um plano similar, que não implique medidas de austeridade para o Estado. E irá fazê-lo já na próxima reunião dos ministros europeus das Finanças, a 21 de Junho no Luxemburgo.
Recorde-se que a Irlanda conseguiu um acordo de resgate no valor de 85 mil milhões de euros por parte da troika em Novembro de 2010, para ajudar a sua banca em apuros, mas só depois de concordar com a tomada de medidas de austeridade draconianas.
Ao contrário dos três países anteriormente intervencionados – Grécia, Irlanda e Portugal -, Espanha terá, conforme já vinha a ser avançado, uma ajuda sujeita a condições menos austeras, já que não será exigido um programa de ajuste ao Estado.
Os ministros das Finanças da Zona Euro anunciaram este sábado a disponibilidade para concederem um empréstimo de 100 mil milhões de euros a Espanha destinados a revitalizarem os seus bancos em apuros.
Realmente! Quatro intervenções da troika, 3 delas onde fomos incluímos, com a obrigação de medidas de caixão à cova e agora a 4ª, de Espanha, em que tal não é exigido e até lhes disponibilizam mais do que o necessário. Não é que o mal de Espanha nos trouxesse alívio, mas é exemplar a atitude dos governantes irlandeses, que reclamaram de imediato e retroativamente, as mesmas condições de um país-membro, que são, como parceiros em pé de igualdade.
“Exemplar” é também a atitude do nosso governo, que não seguiu as pisadas da Irlanda, que PPC desconhece (deve ser o único), o que deixa claramente ver uma colagem (ideológica e às políticas neoliberais), menorizando o seu e o nosso estatuto no que à equidade de soberania diz respeito e ao tratamento diferenciado com que somos tratados.
Se já não havia dúvidas de que este governo era mais troikista do que a troika, agora não restam dúvidas de que é a troika que está a travar a voracidade “reformista” do Estado, reduzindo-o, e aumentando os sacrifícios dos “mais desfavorecidos” para distribuir os despojos do Estado Social aos “iluminados” e detentores das maiores fortunas… Pelo menos devolvam os salários confiscados!
Esperemos que o ditado: “Quem com ferros mata, com ferros morre” se cumpra nas próximas eleições e que estas sejam antes da calendarização aprazada…
Esperemos pelo dia 17 e pelo resultado das eleições na Grécia, para ver até onde vai a coragem/desespero de quem é pisado e reage (o povo), porque os governantes tem todos o mesmo sangue frio…
Aceitar (silenciosamente) estas diferenças é simplesmente aceitar que somos diferentes, mas para pior, o que é insultuoso, para quem diferencia e para quem é diferenciado: puro racismo entre daltónicos…
Parafraseando uma campanha do Euro (de futebol) RESPECT!

2 comentários:

  1. Não pode haver uns países mais iguais que outros!!

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    1. Pelos vistos pode, embora Bruxelas já venha ditar "castigos" também para a Espanha...

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