Quase 1/4 dos portugueses está isento das taxas moderadoras, por razões económicas. Ao todo foram atribuídas quase 2.400.000 de isenções, mais 580.000 que no ano passado e, mesmo assim, o fisco rejeitou quase 1/3 de todos os pedidos de isenção.
Ao todo, se se juntar o número de crianças com menos de 12 anos - com direito à isenção universal - contam-se 3.700.000 de utentes isentos de pagarem taxas no SNS, um número abaixo das estimativas do próprio Governo que apontava para mais de 5.000.000 de utentes isentos por insuficiência económica e no âmbito das novas regras de atribuição da isenção.
800.000 portugueses deixaram de estar isentos de taxas moderadoras, é uma consequência dos cortes verificados no sector da saúde. Quem perdeu o direito de não pagar as taxas é quem tem um rendimento superior a 628 euros e 83 cêntimos, valor a partir do qual a isenção é negada. Os utentes que perderam este direito por razões económicas poderão, segundo o Ministério da Saúde, requerer a isenção por qualquer outro motivo.
Do que se depreende que há cerca de 2.400.000 portugueses que ganham menos do que 628,83 euros (pouco acima do limiar da pobreza), tendo aumentado num só ano, em 580.000 pessoas (mais 24%), já na vigência deste governo. Mesmo com os filhos dos “beneficiados”, que perfazem 3.700.000 de isentos, o ministro da Saúde, o SUPER GESTOR, enganou-se na sua previsão em apenas 1.300.000, um lapso de super dimensões, face ao rigor de que goza este responsável.
A não ser que nos tenha enganado, aos cidadãos/contribuintes e aos deputados (quer da oposição quer dos partidos do governo), só para levar a água ao seu moinho.
Se foi intencional, é muito grave, mas se foi apenas mais um dos super “lapsos” que vão ocorrendo amiúde, quer da parte do governo, quer da troika, a taça pertence-lhe e nós ficamos com o cálice, de vinho tinto de sangue…
Mas no fim das contas, ainda ficam 800.000 portugueses de fora da isenção que pediram, o que a terem sido aceites reduziria o lapso para 500.000, o que ficaria ainda longe do tal rigor, mas ajudaria os contabilistas a justificarem como “lapso”…
E no fim de sermos acordados para todos estes “lapsos”, ainda somos obrigados a ouvir (de ministros ainda mais rigorosos e outros talvez nem tanto) que as coisas estão a correr melhor do que o previsto, o que nos leva a pensar que estão a dar cabo do negócio das funerárias…
1/3 de rejeições?!
ResponderEliminar... ainda há gente a viver muito bem!!!
E se forem Funcionários Públicos ou pensionistas, ainda ficam sem um salário (subsídio)...
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